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Economia

Soja segue em alta no Brasil com combinação de disparada do dólar e prêmios fortes
Publicado em 23/08/2019 às 08h03
O dólar voltou a subir forte no Brasil nesta quinta-feira (22), fechou com mais de 1% de alta, foi a R$ 4,07 e voltou a puxar os preços da soja no Brasil. Ao lado de prêmios fortes para o produto disponível, o mercado viu uma nova rodada de ganhos nos portos e no interior do país, com referências que seguem motivando bons negócios.

A demanda pelo que ainda resta da safra 2018/19 dos EUA se mantém muito aquecida, e os indicativos nos principais terminais de exportação do Brasil variam entre R$ 87,00 e R$ até R$ 88,50 por saca entre entregas para este mês e setembro. Nos pagamentos mais alongados, segundo analistas e consultores de mercado, as cotações encontram espaço para bater nos R$ 90,00.

No interior, onde a demanda pela oleaginosa por parte das indústrias também se mostra bastante aquecida, os preços subiram até 1,43% nesta quinta-feira, como foi o caso da praça de Tangará da Serra, no estado de Mato Grosso. Por lá, a saca da soja fechou o dia cotada a R$ 71,00.

Se o ritmo da comercialização é intenso para a safra velha, na safra nova, os prêmios mais baixos e algumas incertezas ainda rondando o dia a dia dos produtores brasileiros seguram o fluxo dos negócios da temporada 2019/20. Afinal,como explicou o analista de mercado da Insoy Commodities, Marlos Correa, são pouco mais de 50 cents de dólar contra prêmios de mais de 120 pontos para a soja deste ano comercial.


Bolsa de Chicago

No mercado internacional, as cotações da soja terminaram o pregão com pequenas baixas de pouco mais de 4 pontos nas posições mais negociadas. O novembro fechou com US$ 8,68 por bushel, enquanto o março/20 foi a US$ 8,95.

O mercado segue muito cauteloso à espera de mais infomações sobre a nova safra de grão dos Estados Unidos e, nesta semana especificamente, aos dados que chegam do ProFarmer Midwest Croup Tour. O tour, um dos mais respeitados do país, vem trazendo um retrato preocupante das lavouras americanas, com sérios problemas de desenvolvimento.

Os números apurados até este momento são menores não só em relação aos dados de 2018, mas também se comparados à média dos últimos anos. No entanto, os especialistas seguem afirmando que continua muito difícil mensurar a extensão e a profundidade dos danos causados pelos problemas de clima - que vêm sendo registrados muito antes do início do plantio nos EUA - por muitas semanas ainda, até que os campos entrem em sua fase final de desenvolvimento.

"Quando se está a campo, em um tour, estamos olhando para uma safra madura, estamos medindo a realidade da produtividade. Já quando estamos frente a uma safra como esta, tão pouco desenvolvida e muito atrasada, com ainda muito tempo pela frente estamos medindo o potencial da produtividade", diz Chip Flory, um veterano do crop tour.

Ainda assim, tais problemas acabam sendo neutralizados, em boa parte, pela falta de demanda que atua como uma âncora para os preços da oleaginosa dos EUA. A guerra comercial continua e as declarações sobre ambos os países contra seus adversários também. Um acordo entre as duas nações, segundo especialistas, estaria muito distante.

No vídeo abaixo, os diretores da ARC Mercosul, Matheus Pereira e Tarso Veloso, direto do Corn Belt avaliam quais podem ser as reações do mercado diante dessas incertezas, dos problemas que o clima e a guerra comercial ainda podem trazer. Assista:
22/08/19
Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas
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