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Economia

Soja: Com oferta ajustada, demanda firme e dólar alto, preços sobem até 4% no interior do BR
Publicado em 16/10/2019 às 08h15
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Os preços da soja subiram até 4% nesta terça-feira (15) no mercado brasileiro. Boa parte das praças de comercialização do interior do país registraram ganhos consideráveis, ainda mantendo referências entre R$ 75,00 e até R$ 86,00 por saca, garatindo boas margens aos produtores.

A oferta ajustada neste momento, aliada a exportações ainda importantes e mais uma demanda interna também fortalecida criam um ambiente favorável para as cotações, ao lado de uma nova alta do dólar nesta terça.

A moeda norte-americana fechou o dia registrando sua máxima em três semanas, com alta de 0,89% e valendo R$ 4,16. "A divisa doméstica amargou o pior desempenho nos mercados globais de moedas, em meio a incertezas locais e à menor atratividade do real como moeda de rendimento", informou a agência de notícias Reuters.

Nos portos, os ganhos já foram um pouco mais tímidos. Em Rio Grande, a soja disponível subiu 0,56% para R$ 89,50, enquanto em Paranaguá, o ganho foi o mesmo para R$ 89,00. Para a referência março/20, baixa de 0,57% para R$ 87,00 no terminal paranaense e estabilidade no gaúcho em R$ 87,50.

Segundo explicam analistas e consultores de mercado, os produtores brasileiros seguem aproveitando bem as oportunidades que vêm sendo oferecidas. De acordo com o consultor da Terra Agronegócios, Ênio Fernandes, o Brasil já comercializou cerca de 30% de sua safra 2019/20 de soja.


Mercado Internacional

Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja fecharam o dia em queda e perdendo pouco mais de 6 pontos entre seus principais contratos. O vencimento novembro/19 foi a US$ 9,34 e o maio/20, referência para a safra brasileira, a US$ 9,67 por bushel.

O mercado foi pressionado pela falta de novidades entre o acordo China x EUA, segundo disseram os diretores da ARC Mercosul. "As tais adições de pacotes de compras e incentivos ainda não passaram de promessas. A especulação já está calejada com toda essa novela comercial entre Trump e Jinping".

O agronegócio segue no centro das discussões, embora não entre as disputas mais duras, e segundo informações da agência internacional Bloomberg, o governo chinês quer uma revisão nas tarifas americanas sobre seus produtos antes de concordar - e efetivar - mais compras de produtos agrícolas dos EUA daqui em diante.

Além disso, como explicou o analista de mercado Mário Mariano, da Novo Rumo Corretora, previsões de condições mais favoráveis para a colheita nos EUA nos próximos dias ajudou a pesar sobre os preços, bem como os números fracos da NOPA (Associação Nacional de Processadores de Oleaginosas dos EUA).

Foram esmagadas 4,16 milhões de toneladas de soja em setembro, e o total ficou abaixo da expectativa do mercado, de 4,41 milhões de toneladas e é bem menor do que o volume processado em agosto, de 4,57 milhões de toneladas. Em setembro do ano passado, o total foi de 4,38 milhões.
15/10/19
Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas
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