Cana-de-açúcar

Olhando a imensidão do canavial, entre uma entrevista e outra, me peguei pensando várias vezes, durante essa reportagem, como era difícil a vida no campo. Homens que colocavam as mãos calejadas na terra, do plantio à colheita. Encarando a fumaça das queimadas da cana-de-açúcar que, no passado, não podia ser colhida crua. Horas e horas em baixo daquele sol, que eu garanto, judia.

E tudo isso nem faz tanto tempo. É o que mais me chamou atenção. Há pouco mais de dez anos, o setor sucroalcooleiro se reinventou. A tecnologia trouxe mais conforto, segurança, economia e sustentabilidade.

Eu, Wilson Bisol e David Melo vivemos um dia de campo intenso, em Nova Alvorada do Sul. Chegamos cedo em uma usina da região para ver de perto o que a tecnologia tem contribuído para aumentar a produtividade e ajudar o meio ambiente. Foi um trabalho intenso e divertido, com uma pausa no almoço em um restaurante à beira de estrada, com comida sabor "casa da vovó". na plantação, o poeirão que levanta a cada caminhão que passa. Não tem como ficar sem os equipamentos de proteção. Coitado de quem tem rinite alérgica nesse lugar.

Dentro da usina, máquinas que não param para produzir etanol e bioeletricidade. Falando em bioeletricidade, que recurso fantástico! Transformar o bagaço da cana em energia suficiente pra atender a própria usina e ainda exportar, em larga escala.

Tô falando de muitos maquinários, mas, por lá, tudo é monitorado por funcionários. Porque ao contrário do que foi muito temido um dia, a tecnologia não tirou o trabalho de quem vive no campo. Só trouxe melhores recursos.

Essa é uma daquelas matérias que a gente guarda com carinho. E não esquece.

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