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Diversas

Tempo no Brasil
Publicado em 12/11/2019 às 14h20
O mês de outubro foi marcado pela volta das chuvas na maior parte da região agrícola do país. Os maiores volumes foram registrados na região Norte e nos estado do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, superando 180 mm. No Centro-Sul, registrou-se bons volumes de chuvas , variando de 61 a 180 mm. Com exceção de São Paulo, Mato Grosso do Sul e do norte do Paraná, onde as chuvas não passaram de 90 mm (Mapa 1).

Apesar da variabilidade das chuvas, o armazenamento hídrico dos solos subiu de modo generalizado em praticamente todas as regiões agrícolas do país. Os maiores valores foram observados no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde a umidade do solo variou de 45 a 75%. No Centro-Sul, o teor de água no solo ficou entre 15 e 60%, com exceção do Sul Goiano, onde a umidade ainda está na faixa dos 10% (Mapa 2).

As temperaturas máximas oscilaram entre 22 e 31°C no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná. Já no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins ficaram entre 33 a 35°C. Nesses estados as mínimas ficaram acima de 23°C (Mapa 3 e 4).


Tempo e agricultura brasileira

O baixo volume acumulado de chuvas na maior parte da região Centro-Sul em outubro favoreceu a colheita e o transporte da cana-de-açúcar. Diferente da safra passada, quando as chuvas do início da primavera dificultaram as atividades nos canaviais de praticamente todo o Centro-Sul. Além disso, o tempo seco elevou a qualidade da matéria prima, que havia sido penalizada nos últimos meses devido ao florescimento dos canaviais de algumas regiões que foram atingidas por geadas no decorrer da safra.

A ocorrência das chuvas no final de outubro no Paraná e em São Paulo permitiu a retomada da semeadura do feijão de primeira safra. Para as áreas que já haviam sido semeadas e sofreram com o tempo seco em outubro, a expectativa é que haja perdas leves a moderadas na produtividade das lavouras.

O bom volume de chuvas no Oeste do Paraná possibilitou a retomada das atividades de plantio e colheita de mandioca. Grande parte dos produtores, porém, priorizaram as atividades relacionadas ao plantio para compensar o atraso em decorrência da seca.

O tempo quente e seco no estado de São Paulo em outubro afetou os pomares de laranja, com redução da qualidade dos frutos que estão sendo colhidos. Tais condições também trazem preocupação pois a alta temperatura associada ao tempo seco pode provocar abortamento de flores e frutos jovens, com efeito sobre a próxima safra. Nas áreas sem irrigação, mesmo com o retorno das chuvas no final de outubro, ainda não foi revertido o quadro de estresse e mantem-se a preocupação sobre o pegamento das flores e formação dos chumbinhos.

As chuvas que ocorreram no final setembro favoreceram a abertura de flores da safra 2020/21 de café arábica em quase toda a região produtora. As chuvas de outubro, além de favorecer novas floradas, foram importantes para o pegamento das flores nas regiões de Mogiana, Zona da Mata, no Cerrado e Sul Mineiro. No Noroeste do Paraná, em contrapartida, o volume de chuvas desse mês foi insuficiente para o início da floração. Para o café robusta, as chuvas registradas na última semana de outubro no Espírito Santo e Rondônia, devem favorecer os cafezais e auxiliar no pegamento das flores, mesmo com a ocorrência de ventos fortes que ocasionaram perdas de flores em algumas regiões do Espírito Santo.

O alto volume de chuvas no Rio Grande do Sul em outubro dificultou a semeadura da cultura de arroz em algumas regiões do estado. Produtores relataram a ocorrência de alagamento em diversas áreas que, junto ao vento forte, impediu o avanço das atividades e causou danos. A qualidade do trigo que ainda não foi colhido no Estado também pode ser prejudicada pelas chuvas, revertendo o quadro de condições favoráveis para o produto até outubro, quando o tempo seco permitiu boas condições de operação no campo e alta qualidade do grão.


Safra 2019/20 de soja no Paraná

As projeções geradas pelo Sistema TEMPOCAMPO para safra 2019/20 de soja apontam que as condições meteorológicas para a safra atual são mais favoráveis que as da safra anterior para o Paraná. O Coeficiente de Produtividade Climática (CPC-TEMPOCAMPO) indica ganhos médios variando de 7 a 8%, segundo o cenário pessimista e otimista, respectivamente. Destaca-se o norte e nordeste do estado, onde os ganhos podem superar 8%. Em contrapartida, na região de Clevelândia as condições são menos favoráveis, sendo esperadas perdas de até 7%, considerando o cenário intermediário (Mapa 5).

A produtividade média para o Paraná deverá variar de 3,15 a 3,27 kg ha-1, considerando os cenários pessimista e otimista, respectivamente. As maiores produtividades devem ocorrer nas regiões norte e nordeste, podendo superar 3,6 kg ha-1. Já as menores produtividades são esperadas no sul do estado, variando de 2,8 a 3,2 kg ha-1, considerando o cenário intermediário (Mapa 6).

O baixo volume de chuvas de setembro, além de atrasar a semeadura da soja no estado acarretaram danos a diversas áreas devido ao déficit hídrico. O maior volume e regularidade das chuvas no mês de outubro favoreceram o desenvolvimento das lavouras já semeadas e acelerou as atividades de implantação da cultura, trazendo maior alívio aos produtores do estado. O Sistema TEMPOCAMPO prevê a produção estadual para a safra 2019/20 de soja variando de 17,32 a 17,95 milhões de toneladas, segundo os cenários pessimistas e otimista, respectivamente.
Fonte: Esalq
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