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Economia

Porto de Santos Ampliará capacidade em 49% em 20 anos
Publicado em 18/02/2020 às 14h17
A Santos Port Authority (SPA, autoridade portuária de Santos, antiga Codesp) divulgou ontem o plano de zoneamento que deverá nortear o crescimento do Porto de Santos, o maior do País, pelos próximos 20 anos.

O chamado Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) prevê aumento da participação do modal ferroviário no transporte, além de reorganização espacial dos terminais, com agrupamentos por tipo de carga.

O plano prevê a expansão da capacidade operacional do porto em 49% até 2040, dos atuais 161,9 milhões de toneladas para 240,6 milhões.

A proporção de cargas que chegam aos terminais por vias férreas saltaria dos atuais 33% para 40% nos próximos 20 anos.

O plano enfrenta resistência do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários Autônomos (Sindicam), que realizou manifestações na região portuária ontem. O sindicato afirma que o PDZ deverá causar demissões, o que é negado pela autoridade portuária.

"Não faz sentido [a posição do sindicato], porque o plano prevê aumento de demanda, de capacidade e maior eficiência. Isso gera empregos, e não o contrário", afirma o presidente da SPA, Casemiro Tércio Carvalho.

A SPA conseguiu no último domingo (16) que a Justiça proibisse, em decisão liminar, que os manifestantes bloqueassem acessos ao porto.

A decisão, proferida pelo juiz Roberto da Silva Oliveira, estipulou multa diária de R$ 200 mil caso o Sindicam paralise o porto.

Entre as principais mudanças no porto previstas pelo plano está a reorganização do espaço dos terminais por tipo de carga, o que segundo a SPA traria ganhos de escala e eficiência no uso dos berços de atracação.

Para fazer a mudança, a autoridade portuária não vai renovar contratos com terminais menores que estão prestes a vencer.

"Os terminais pequenos não capacitados para atendimento ferroviário saem, teremos a consolidação de terminais", diz Tércio.

Segundo ele, o PDZ também pretende diminuir a quantidade de manobras desnecessárias de navios em Santos. "São mais de 12 mil movimentos por ano para 4.700 navios. Isso quer dizer que tem embarcação que faz três movimentos no porto, isso é ineficiência. Ocupo horas de canal com manobras desnecessárias".

Com a reorganização, o transporte de contêineres, por exemplo, que demandam mais transporte rodoviário, ficaria concentrado nas regiões Morro da Penha, Saboó e Valongo, consideradas o "fundo do porto", o que reduziria o trânsito de caminhões dentro do perímetro urbano.

O transporte de celulose, por outro lado, que utiliza de maneira mais intensiva o modal ferroviário, seria concentrado na ponta da praia.
Fonte: Diário do Comércio
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