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Economia

Ansiedade afeta com força os mercados
Publicado em 01/04/2020 às 09h59
A ansiedade provocada pelo avanço da pandemia do novo coronavírus voltou a abalar com força nesta quarta-feira os mercados, com perdas expressivas nas Bolsas da Europa, da Ásia e em Wall Street, após um início de semana positivo.

Os mercados são afetados pela aceleração letal do vírus nos Estados Unidos, que superou a barreira de 4.000 mortos e agora tem mais vítimas que a China. O presidente Donald Trump pediu à população que se prepare para semanas "muito, muito dolorosas".

Durante as primeiras negociações, Paris perdia 4,22%, Frankfurt 3,87% e Londres 4,43%. Milão recuava 2,05% e Madri 3,13%.

Mais cedo, a Bolsa de Tóquio encerrou a sessão em baixa expressiva de 4,5%, com os operadores preocupados com um possível confinamento da população na capital japonesa, além da situação econ?´mica.

"As Bolsas ao redor do mundo fecharam um trimestre horrível, um dos piores da história, e a passagem para o segundo trimestre deve ser muito delicada após as declarações sombrias de Trump sobre a situação nas próximas duas semanas nos Estados Unidos", resumiu Tangi Le Liboux, analista da corretora Aurel BGC.

Trump, que chegou a manifestar a expectativa do retorno das atividades até a Páscoa, disse que provavelmente será necessário esperar um ou dois meses.

Na terça-feira, o índice Dow Jones Industrial Average de Wall Street fechou em queda de 1,84% e encerrou seu pior trimestre desde 1987 (perda acumulada de 23%).

As cotações do petróleo, que registraram um pequeno alívio na terça-feira, também voltaram a cair, afetadas pelo impacto da pandemia, que reduz a demanda mundial, e pela guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia.

O mercado da dívida permanece relativamente calmo, como nos últimos dias, em grande medida irrigado pela generosidade dos bancos centrais.

O euro mantém a trajetória de desvalorização em relação ao dólar.

Os indicadores do dia devem agravar ainda mais o cenário.

Para a indústria automobilística, a queda histórica de mais de 70% do mercado francês e o derretimento das vendas no Japão já marcavam o tom.

Nas próximas horas, o mercado deve acompanhar com atenção os números da criação de empregos no setor privado nos Estados Unidos em março (pesquisa ADP).

Christopher Dembik, diretor de pesquisas econ?´micas do Saxo Bank, antecipa que os números devem confirmar que "a destruição de postos de trabalho atingiu um nível sem precedentes devido à crise".

Ele acredita que os investidores terão que administrar por várias semanas com um ambiente ruim no mercado e a prorrogação das medidas de confinamento.
Fonte: AFP
Texto extraído do Portal Istoé Dinheiro
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