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Açúcar

Extra de açúcar dado pelos EUA é rotina anual e não fruto de negociação, como disse Bolsonaro
Publicado em 22/09/2020 às 10h25
A cota adicional de 80 mil toneladas de açúcar que os Estados Unidos estão oferecendo ao Brasil, comemorada pelo presidente Jair Bolsonaro em tuíte, mas não oficializada ainda, não tem nenhuma novidade. É comum, extemporânea, quando outros fornecedores não performam suas cotas.

No primeiro trimestre, o país deu 64 mil/t, sobre o limite anual, sem taxas, de 150 mil/t. No ano passado também. No Nordeste, já era esperado um novo ajuste, com o déficit de açúcar entre os principais países que embarcam para os EUA.

"Não entendemos que esse volume extra de agora seja resultado de negociações, como contrapartida à cota de etanol que o Brasil estendeu por três meses", diz Alexandre Lima, presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) e da usina cooperada Coaf/Cruangi.

E se fosse consequência de algum acordo, é uma "cota insignificante, que mal corresponde a 0,3% do total exportado de açúcar para lá", complementa.

Em 31 de agosto venceu a cota ao etanol importado pelo Brasil, de 750 milhões de litros. Dias depois o governo concedeu um adicional de 187,5 milhões de litros, até dezembro, anunciando que os Estados Unidos negociaram a entrada de mais açúcar brasileiro. É no Nordeste onde é internalizado a quase totalidade do biocombustível americano de milho.

Se o montante anual ofertado ao açúcar, todo ele nordestino, é considerado seis vezes menor ao correspondente em litros de etanol validado entre agosto de 2019 e 2020, o equivalente as 80 mil toneladas são 50 milhões/, segundo cálculos de Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar PE e da Novabio.

Na safra recém-começada, o estado vai gerar pouco mais de 900 mil toneladas do adoçante, 11% a mais.

Para Alexandre Lima, menos de meia dúzia de usinas pode cobrir essa cota adicional. Só a Coaf/Cruangi, na Zona da Mata Norte, considerada de porte médio para pequeno, vai tirar 10 mil/t em 20/21.
Giovanni Lorenzon
Fonte: Money Times
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