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Economia

IPCA 2020 no cenário de referência é de 2,1%, como no comunicado, diz RTI
Publicado em 24/09/2020 às 09h32
O Banco Central (BC) manteve sua estimativa de inflação para 2020 no cenário de referência, que utiliza câmbio e juros constantes para o horizonte de projeções. Segundo o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado nesta quinta-feira, este cenário indica um IPCA de 2,1% para este ano. O porcentual é o mesmo que constou na ata e no comunicado do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom). No RTI anterior, de junho, a projeção era de 1,9%.

Para 2021, o cenário de referência indica que o IPCA ficará em 3,0%, também igual à ata e ao comunicado. No RTI de junho, o porcentual era de 3,0%.

Já a projeção para o IPCA de 2022, pelo cenário de referência, está em 3,8%. No RTI anterior, o porcentual calculado era de 3,6%. O BC trouxe ainda pela primeira vez a projeção para o IPCA de 2023, em 4,6% no cenário de referência.

Nos cálculos do cenário de referência, o BC considerou uma Selic de 2,00% ao ano e um dólar a R$ 5,30.

Para 2020, a meta de inflação perseguida pelo BC é de 4,0%, com margem de 1,5 ponto (taxa de 2,5% a 5,5%). Para 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 (taxa de 2,25% a 5,25%). Para 2022, a meta é de 3,50%, com margem de 1,5 (taxa de 2,00 a 5,00%). Para 2023, a meta é de 3,25%, com margem de 1,5 (taxa de 1,25 a 4,75%).


Cenário de mercado

Na esteira da pandemia do novo coronavírus, o Banco Central alterou sua projeção de inflação para 2020 no cenário de mercado, de 2,4% para 2,1%. O porcentual consta no RTI agora divulgado.

Para 2021, a projeção no cenário de mercado foi de 3,2% para 2,6%. No caso de 2022, passou de 3,2% para 3,1%. O BC trouxe ainda pela primeira vez a projeção para o IPCA de 2023, em 3,3% no cenário de mercado.

O cenário de mercado utiliza como parâmetros as previsões dos analistas, contidas no Relatório de Mercado Focus, para a taxa de câmbio e os juros no horizonte da previsão.


Outros meses

O Banco Central divulgou no Relatório Trimestral de Inflação suas projeções de inflação de curto prazo, que abarcam os meses de setembro, outubro e novembro de 2020.

A previsão do BC para o IPCA para setembro é de +0,40%. Já a projeção para outubro é de +0,30% e, para novembro, de +0,27%.

No Focus mais recente, divulgado na última segunda-feira, as projeções do mercado financeiro para o IPCA eram de +0,30% em setembro, +0,35% em outubro e +0,23% em novembro.


Inflação do consumidor

O BC reafirmou no RTI, que a inflação ao consumidor deve se elevar no curto prazo. "Contribuem para esse movimento a alta temporária nos preços dos alimentos e a normalização parcial do preço de alguns serviços em um contexto de recuperação dos índices de mobilidade e do nível de atividade", pontuou.

A instituição também voltou a afirmar que os preços administrados devem apresentar "variação contida". Os destaques, conforme o BC, serão "o recuo nas tarifas de plano de saúde em setembro e a queda projetada para o preço da gasolina a partir de outubro".

Estes comentários repetem ideias já expressas em comunicações recentes do BC, após a autarquia ter mantido a Selic (a taxa básica de juros) em 2,00% ao ano.


Cenários híbridos

No RTI, o Banco Central divulgou hoje projeções para o IPCA em dois cenários híbridos -- que combinam hipóteses dos cenários de referência e de mercado. Os porcentuais projetados levam em conta impactos da pandemia do novo coronavírus na economia.

No primeiro cenário híbrido -- que considera a taxa de câmbio constante em R$ 5,30 e a evolução da Selic (a taxa básica de juros) conforme as projeções do boletim Focus -, a projeção de inflação para 2020 está em 2,1%. No caso de 2021, está em 2,9% e, para 2022, em 3,3%. Estes são os mesmos porcentuais publicados no comunicado e na ata do último encontro do Copom. Para 2023, a projeção divulgada hoje no RTI é de 3,3%.

No segundo cenário híbrido -- que considera a taxa de câmbio do Focus e a Selic estável -, a projeção de inflação para 2020 passou de 2,3% para 2,1%. Para 2021, foi de 3,0% para 2,7% e, para 2022, passou de 3,3% para 3,6%. Os porcentuais anteriores constaram no RTI de junho. Para 2023, a projeção divulgada hoje no RTI é de 4,6%.
Fonte: Estadão Conteúdo
Texto extraído do portal Istoé Dinheiro
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