União Nacional da Bioenergia

Este site utiliza cookies para garantir que você obtenha a melhor experiência. Ao continuar navegando
você concorda com nossa política de privacidade. Política de Privacidade

Economia

Barra para real depreciar mais que pares está "mais alta", diz Citi
Publicado em 25/09/2020 às 17h03
A "barra" para o real depreciar mais que seus pares está agora "mais alta", avaliou o Citi, ressaltando que a recuperação da economia brasileira está emitindo sons "mais altos".

Em relatório desta sexta-feira, analistas do banco norte-americano consideraram que melhora na conta corrente, suporte vindo dos termos de troca, aceleração da atividade econômica e alívio nos números da Covid-19 no país fazem o "pano de fundo para o real se solidificar".

"Apesar dos riscos fiscais e de ser uma moeda de beta mais alto (mais sensível que a média), a barra para o real ter performance pior que o câmbio emergente e seus pares está agora mais alta", afirmaram Andrea Kiguel, Alvaro Mollica e Dirk Willer no relatório.

ADVERTISEMENT


Em termos nominais, o real ainda cai 27,7% ante o dólar em 2020, pior desempenho entre as principais moedas relevantes.

Nesta turbulenta semana nos mercados globais, porém, a divisa brasileira teve reação melhor que alguns de seus rivais, como o peso mexicano, contra o qual o real subia 2,7% nesta semana, a melhor em cerca de um mês.

Na renda fixa, os profissionais do Citi veem "alguma âncora" para todo o trecho da curva de DI entre os vencimentos julho de 2021 e janeiro 2022, diante da sinalização do Banco Central --expressa apenas nesta semana em dois documentos: ata do Copom e Relatório Trimestral de Inflação (RTI)-- de que a Selic deve ficar estável em 2% por um período prolongado.

"E não apenas isso. A linguagem do Copom ainda deixa implícito que a porta está aberta para outro corte de juros, embora essa seja uma baixa probabilidade", completaram os analistas.

Analisando o estado geral da economia brasileira, o Citi avaliou que a recuperação continua trazendo boas notícias enquanto "Brasília fracassa nesse sentido" e que a retomada econômica e a agenda de reformas são dois temas "em colisão" que os mercados terão de pesar até o fim do ano.

"Parece-nos que o governo pode demorar mais para chegar a veredictos importantes (do lado das reformas), o que significa que o mercado não terá uma visão completa do teto de gastos tão cedo quanto gostaria. Isso cria um cabo de guerra", disseram.
José de Castro
Fonte: Reuters
Fique informado em tempo real! Clique AQUI e entre no canal do Telegram da Agência UDOP de Notícias.
Notícias de outros veículos são oferecidas como mera prestação de serviço
e não refletem necessariamente a visão da UDOP.
Mais Lidas