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Diversas

Maior poluidor de carbono também é o maior investidor em energia renovável
Publicado em 13/10/2020 às 10h48
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Quando se fala em queima de combustíveis fósseis, não há país que supere a China. É o preço que a potência asiática paga por fornecer energia à sua grande economia e, ao mesmo tempo, atender às demandas do resto do planeta.

Mas o maior poluidor de carbono também é o maior investidor em energia renovável do mundo. O esforço em direção a uma economia de baixo carbono é gigantesco.

A China implementou mais de 100 políticas relacionadas à redução do uso de energia e das emissões de gases de efeito estufa. Exemplos notáveis de tarifa para geradores de energia renovável, que lhes oferece um preço garantido por sua energia; padrões de eficiência para usinas, veículos motorizados, edifícios e equipamentos; metas para produção de energia de fontes não fósseis; e limites obrigatórios para o consumo de carvão.

A China adicionou vastas instalações eólica e solar à sua rede e desenvolveu grandes indústrias domésticas para fabricar painéis solares, baterias e veículos elétricos.

Em 2018, a China foi responsável por 45% do crescimento global na geração de energia renovável, mais do que toda a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

Para impulsionar o uso de energia alternativa, Pequim instalou 340 gigawatts de capacidade hidrelétrica, 210 GW de energia eólica e 110 GW de energia solar até o primeiro semestre deste ano.

A energia nuclear também faz parte do plano da China para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. O 13º Plano Quinquenal estipulou um aumento anual de 16,5% na capacidade de energia nuclear entre 2015 e 2020.

A China também está atualizando sua rede elétrica com usinas mais eficientes.

O governo chinês tomou medidas para mitigar os efeitos dos mais de 300 milhões de veículos motorizados, que ainda representam uma fonte importante de emissões. Em 2016, o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China propôs limites para o consumo de combustível para novas motocicletas e ciclomotores. Dois anos depois, a produção foi suspensa para mais de 500 modelos de automóveis que não atenderam aos rígidos padrões de combustível.

Além disso, o governo implementou vários incentivos para encorajar a transição para veículos elétricos. Em 2018, já havia 2,3 milhões de elétricos nas estradas na China, perfazendo 45% do total mundial. O governo chinês pretende ter 5 milhões de VEs nas estradas até o fim deste ano.

O aumento do uso de gás natural é outra forma de a China reduzir suas emissões de dióxido de carbono. Em 2018, o país se tornou o terceiro maior consumidor mundial de gás natural, depois dos EUA e da Rússia. No mesmo ano, passou a ser o segundo maior importador de gás natural liquefeito (GNL) e respondeu por cerca de metade do aumento global das importações de gás natural. Comparado ao carvão, o gás natural emite 50 a 60 por cento menos carbono durante o processo de combustão.

No final de 2017, o Conselho de Defesa de Recursos Nacionais da China lançou o Plano para o Estabelecimento do Mercado Nacional de Comércio de Créditos de Carbono, um esquema de comércio de emissões de âmbito nacional que incentiva as empresas a reduzir as emissões colocando um "preço" no CO2. Desde seu lançamento, aproximadamente 38 milhões de toneladas de CO2 foram comercializadas nos mercados regionais de carbono. Foi um passo profundamente simbólico, visto que os Estados Unidos ainda não adotaram uma política climática nacional baseada no mercado.

O governo chinês também tomou medidas para reduzir a dependência das famílias do carvão que, por décadas, foi uma fonte relevante de consumo doméstico de energia. Mais de 72% da energia elétrica gerada na China em 2015 veio de usinas movidas a carvão, o principal responsável pelas emissões de CO2.

Em 2017, o Ministério da Ecologia e Meio Ambiente (MEE) da China subsidiou autoridades locais para instalar aquecedores elétricos ou a gás em 3 milhões de residências em vilas e cidades nas províncias de Hebei, Shandong, Henan e Shanxi. Ao mesmo tempo, o uso de fogões a carvão foi proibido.

O país também está mobilizado em torno de campanhas de conservação de energia e conscientização ambiental. Eventos como a "Semana Anual de Publicidade para Economia de Energia" ou "Dia da Redução do Carbono" representam os esforços para educar o público sobre as metas ambientais estipuladas no 13º Plano Quinquenal e no Acordo de Paris.

A maioria dessas políticas produzirá benefícios adicionais, como melhorar a segurança energética da China, promover reformas econômicas e reduzir a poluição do ar no nível do solo.

Como se vê, a China exibe uma revolução verde de fazer inveja no mundo!
11/10/2020
Rosana Jatobá
Fonte: Ecoa - Por um Mundo Melhor
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