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Diversas

Olhar de cliente na operação
Publicado em 15/04/2021 às 16h18
Em 2014, a Suzano Papel e Celulose inaugurava a planta de Imperatriz, no Maranhão, para produção de celulose. Na época, o então diretor de Operações da Suzano, Ernesto Pousada, contratou "a turma do Spinelli" (Marcello Spinelli, ex-presidente da VLI e agora diretor de Ferrosos da Vale) para implementar uma solução logística para o escoamento da carga, que acontece por ferrovia. O ramal de 28 km que existe dentro da fábrica encontra com os trilhos da Ferrovia Norte- Sul, operada pela VLI, que leva o produto até o porto de Itaqui (MA), para ser exportado. Esse foi o início da relação mais próxima de Pousada com a empresa que presidiria anos depois.

Foi em outubro de 2019 que o executivo assumiu a cadeira de CEO da concessionária da qual já foi contratante. Talvez isso possa explicar sua visão mais apurada em relação às necessidades dos clientes da ferrovia. "O setor ferroviário ainda olha muito para os seus ativos. Precisamos olhar cada vez mais para o nosso cliente, em como atender e servir melhor eles. A VLI está se posicionando dessa maneira", indica o executivo com entusiasmo, embora reconheça o desafio de estar à frente da companhia em meio à pandemia.

Pousada tinha apenas quatro meses de empresa quando o coronavírus chegou ao Brasil e colocou todo mundo em casa. A operação das ferrovias de carga não parou, pelo contrário, foi um dos alentos num ano caótico, mas de recorde para o agronegócio. E foi justamente o grão que deu o tom do crescimento da VLI. A companhia bateu recordes consecutivos de volume, de abril a agosto de 2020, muito em cima da exportação de grãos e açúcar. O agronegócio contribuiu num momento em que a siderurgia teve uma queda importante no começo da pandemia, diz o executivo.

A carga agrícola está no centro da estratégia da VLI. Não à toa, a companhia investiu R$ 300 milhões no ano passado na remodelação da Ferrovia Norte-Sul e compra de 247 vagões graneleiros. A entrada em operação do Tramo Central, hoje sob concessão da Rumo, não preocupa o executivo. Para o Tramo Norte, operada pela VLI, o impacto será irrelevante, afirma. A competitividade torna-se uma realidade no corredor Centro-Sudeste da FCA, mas diz: "Triste daquele que não tem concorrência, porque isso te estimula a ser melhor".

Entre os desafios de sua gestão está o processo de renovação antecipada do contrato de concessão da FCA. Cheio de idas e vindas, o projeto acabou sendo aceito e por fim até elogiado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que afirmou agora enxergar vantagens na prorrogação. Mas o caminho ainda está longe do fim. A audiência pública aconteceu em fevereiro último com críticas incisivas e a ANTT já se adiantou em dizer que o plano de negócios deverá ser revisto.

Pousada diz que a companhia está debruçada nesse tema e também de olho em novos projetos. A VLI participou da rodada de apresentação da Ferrogrão organizada pelo PPI para investidores. Embora não tenha batido o martelo, revelou que Ferrogrão e Fico são projetos que interessam bastante a companhia. "A VLI é um player relevante do setor. Várias dessas novas concessões de uma maneira ou de outra se conectam conosco".

"A companhia está pronta para ter um novo ciclo de investimentos tão relevante quanto o último ou até superior."

Ernesto Pousada -- Presidente da vli
Fonte: Revista Ferroviária
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