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Diversas

Emissão de R$ 63,6 milhões em CRA recebe selo verde do CBI
Batizada e CRA Verde.Tech, esta foi a terceira operação no mundo a receber a certificação de acordo com os novos critérios agrícolas do CBI, estabelecidos em outubro do ano passado
Publicado em 16/06/2021 às 17h29
A emissão de R$ 63,6 milhões em certificados de recebíveis do agronegócio (CRA) por parte de sete produtores de grãos e securitizada pela Gaia Impacto, já reportada pelo Valor, recebeu certificação verde do Climate Bonds Initiative (CBI).

A organização, sediada em Londres, é a principal avaliadora de critérios sustentáveis em operações financeiras no mundo e avaliou que a operação se encaixa em seus critérios agrícolas de emissões de dívida.

Batizada e CRA Verde.Tech, esta foi a terceira operação no mundo a receber a certificação de acordo com os novos critérios agrícolas do CBI, estabelecidos em outubro do ano passado. As duas operações anteriores, porém, foram realizadas por empresas de grande porte.

A primeira foi realizada pela também brasileira Rizoma Agro, empresa que usa em sua atividade o conceito a agricultura regenerativa.

A emissão do CRA securitizada pela Gaia Impacto também contou com parceria da consultoria Produzindo Certo, que analisou as práticas das propriedades e estabeleceu as metas ambientais, e da fintech Traive, que atuou na análise de risco de crédito dos produtores rurais envolvidos.

Para se encaixar na certificação verde do CBI, uma emissão de dívida para uma unidade de produção agrícola precisa cumprir requisitos no campo da mitigação de emissões de gases de efeito estuda e da adaptação e resiliência climáticas.

No campo da mitigação, os produtores devem garantir que não haverá desmatamento ou outro tipo de conversão de paisagens com alto estoque de carbono; não ter desmatado nenhuma área a partir de 2020 na propriedade financiada; e garantir que haja redução de emissões no período de financiamento, além de demonstrar adotar as "melhores práticas agrícolas".

No campo da adaptação de resiliência, o CBI exige que os produtores tenham uma separação clara entre o detentor das propriedades e o sistema em operação; que façam uma avaliação sobre os principais danos climáticos aos quais a terra estará sujeita; que adotem medidas para mitigar esses riscos e fazer com que a propriedade se mantenha adequada em cenários de mudanças climáticas; que garantam monitoramento constante dos riscos e das medidas de resiliência, permitindo ajustes se necessário.

O CBI também tem critérios específicos para emissões de dívida que vão financiar intervenções específicas numa propriedade e outros critérios para apoiar atividades "fora da porteira", dentro dos critérios de certificação de agricultura "verde".
Fonte: Valor Investe
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