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Combustíveis Fósseis

OPEP fecha acordo para aumentar oferta de petróleo
Publicado em 21/07/2021 às 10h17
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados chegaram a um acordo no domingo (18) para aumentar a oferta, com o objetivo de esfriar os preços do petróleo em meio à recuperação econômica após a pandemia do coronavírus.

Na primavera de 2020, a aliança, conhecida como OPEP +, cortou a produção de petróleo em um recorde de 10 milhões de barris por dia, devido à queda dos preços causada pela pandemia. De lá para cá, o grupo vem restaurando gradativamente parte do abastecimento, de forma que agora os cortes restantes chegam a cerca de 5,8 milhões de barris por dia.

Na reunião deste domingo, a aliança concordou que iniciará aumentos coordenados na oferta de petróleo em agosto, após o que a produção total aumentará em 400 mil barris por dia por mês, conforme anunciado em um comunicado.

Assim, entre agosto e dezembro de 2021, a OPEP + aumentará a oferta em 2 milhões de barris por dia, com o objetivo de eliminar completamente os cortes por volta de setembro de 2022.

O grupo observa que a demanda global de petróleo mostrou "sinais claros de melhora e queda nos estoques da OCDE, à medida que a recuperação econômica continuou na maior parte do mundo", graças aos programas de vacinação acelerados.

O acordo segue um impasse nas negociações depois que os Emirados Árabes Unidos rejeitaram um plano de produção coordenado para a aliança liderada pela a Arábia Saudita. Em particular, os Emirados Árabes Unidos exigiram uma revisão da chamada linha de base -- a figura a partir da qual cortes ou aumentos de produção são calculados para países da OPEP + , antes de estender o acordo de fornecimento. Quanto maior a linha de base, mais petróleo um país pode produzir.

Para superar essa divergência -- que marcou a primeira cisão pública entre os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita -- a OPEP + concordou em novas cotas de produção para vários membros a partir de maio de 2022, incluindo Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Rússia, Kuwait e Iraque. A linha de base dos Emirados Árabes Unidos aumentará de 3,16 milhões de barris por dia para 3,5 milhões de barris por dia, embora abaixo dos 3,8 milhões inicialmente solicitados.

O ministro da Energia dos Emirados, Suhail Al Mazroui, expressou na declaração de abertura o apoio de Abu Dhabi ao acordo, indicando que seu país aprecia "o diálogo construtivo" que manteve com seu homólogo saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salmán, e com a OPEP. "Confirmo que os Emirados Árabes Unidos estão comprometidos com este grupo e sempre trabalharão com ele e dentro deste grupo para fazer o nosso melhor para alcançar o equilíbrio do mercado e ajudar a todos", afirmou o ministro, destacando a disposição de seu país em permanecer "um membro comprometido com a aliança da OPEP. "

Por sua vez, o ministro russo da Energia, Alexander Nóvak, expressou em uma declaração escrita ao ministro saudita que Moscou está pronta "para apoiar tudo o que você disser", informa a CNBC.

Por sua vez, o próprio Príncipe Abdulaziz se recusou a revelar mais detalhes sobre as negociações, chamando a construção de consensos uma "arte" e um "segredo de estado" que ele não deseja divulgar.

O petróleo tipo Brent aumentou 43% até agora neste ano e mais de 60% em relação ao mesmo período do ano passado. Muitos analistas esperam que o petróleo seja negociado em torno de US $ 80 o barril no segundo semestre de 2021.
Fonte: RT
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