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O reajuste do preço do óleo diesel nas refinarias da Petrobras, no último dia 28, de R$ 0,25 por litro, já foi completamente repassado aos consumidores finais. Levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) demonstra que o combustível ficou R$ 0,25 mais caro nas bombas, considerando-se a média de preços da semana anterior à da alta da Petrobras, de R$ 4,707, e a da semana passada, de R$ 4,961, última pesquisada pelo órgão regulador.

Isso significa que qualquer acréscimo a esse valor, a partir de agora, servirá para que empresas de distribuição ou de revenda refaçam suas margens de lucro. Em alguma medida, algum ganho elas já tiveram, porque o reajuste nos postos deveria ser menor que o da Petrobras, já que uma parcela do produto vendido na bomba é composto de biodiesel, e não do derivado da estatal.

Apesar dessa alta recente, os preços praticados no Brasil ainda estão abaixo dos internacionais, e não há oportunidade de importação neste momento, segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). De acordo com a entidade, a valorização do brent e o câmbio seguem pressionando os preços domésticos.

Desde o dia 29, o preço de importação do litro do diesel já subiu R$ 0,36, segundo a entidade. Com isso, a diferença entre os mercados brasileiro e internacional seria de R$ 0,60 por litro, em média. "As janelas de oportunidade de importação estão todas fechadas, tanto para a gasolina quanto para o diesel", diz Sérgio Araújo, presidente da Abicom.