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Diversas

Usinas devem priorizar etanol na próxima safra
Publicado em 14/10/2021 às 16h56
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Após duas safras onde o açúcar dominou o mix produtivo, as usinas de cana-de-açúcar devem favorecer a produção de etanol em relação ao adoçante na próxima temporada, refletindo preços estáveis do petróleo, exportações maiores de açúcar indiano e a desvalorização do real em relação ao dólar.

Em resposta ao aumento dos preços globais do petróleo, a Petrobras reajustou os preços da gasolina no atacado na semana passada, aumentando potencialmente o apelo econômico do etanol hidratado na bomba.

Ainda assim, a competitividade do etanol hidratado na bomba tem sido prejudicada pela defasagem dos preços no mercado nacional de combustíveis, regulados pela Petrobras. A cotação da gasolina no atacado está 16pc abaixo da paridade internacional de R$3.480/m³, segundo a consultora empresarial Archer Consulting.

A Archer vê potencial para os preços internacionais do petróleo continuarem a subir em 2022, à medida que a atividade econômica se recupere da pandemia de Covid-19. Além disso, a consultoria vê um aumento da volatilidade cambial na corrida para as eleições presidenciais de outubro de 2022, o que também pode sustentar os preços dos combustíveis.

"O etanol pode oferecer retornos melhores no início da colheita da próxima safra, que começará mais tarde do que o normal", disse a Archer em seu relatório semanal de mercado. A colheita da cana no Centro-Sul, principal região produtora do país, vai de 1º de abril até 31 de março.

Embora as chuvas tenham começado a voltar ao cinturão da cana-de-açúcar, nenhuma previsão atual para a safra 2022-23 no Centro-Sul prevê que ela ultrapasse 550 milhões de t, depois que uma série de incêndios, geadas e a pior seca em décadas reduziram as expectativas para a safra atual para 515-530 milhões de t na maioria das projeções, disse a Archer. Na safra passada, a região colheu 605 milhões de t.

A Archer estima que a demanda doméstica de etanol chegará a 32,3 milhões de m³ na temporada 2022-23, o que inclui exportações de 2,5 milhões de m³. A produção do biocombustível deve chegar a 29,2 milhões de m³ na safra atual, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Miquéias Santos
Fonte: O Petróleo
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