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Diversas

Nissan quer liderança em carro elétrico com plano de US$ 18 bi
Publicado em 01/12/2021 às 09h04
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A Nissan anunciou um plano de "eletrificação de veículos" de 2 trilhões de ienes (US$ 17,7 bilhões), em uma iniciativa para "democratizar" os carros movidos a bateria e assegurar seu predomínio sobre fabricantes mundiais de automóveis tradicionais e recém-chegados como a Tesla.

Ao apresentar sua estratégia de longo prazo, que apelidou de Ambição Nissan 2030, a montadora japonesa não chegou ao ponto de prever o fim de sua produção de veículos com motor de combustão interna - um anúncio que alguns analistas especulavam que podia ser iminente.

Mas a empresa estabeleceu uma meta de vendas de veículos elétricos de 75% do total de suas vendas na Europa até o ano fiscal de 2026 e de 40% nos Estados Unidos até 2030. O plano inclui a introdução de 23 modelos de veículos "eletrificados" até 2030, dos quais 15 completamente elétricos. O restante seria formado por carros híbridos ou se enquadraria na designação "e-power" que a Nissan atribui a veículos que são movidos a bateria, mas recarregados por meio de um motor a gasolina.

Entre os pontos da estratégia da empresa que já tinham sido anunciados está um investimento de US$ 1,4 bilhão no Reino Unido que ajudará a converter as operações da Nissan em Sunderland em um polo de produção de veículos elétricos.

Seu executivo-chefe, Makoto Uchida, disse que o plano é resultado do fim dos problemas da empresa nos últimos anos, de uma percepção renovada de que os lucros ficarão estáveis e de mudanças fundamentais no mercado automotivo. "A Nissan saiu da crise e está pronta para um novo começo", disse Uchida.

As ações da Nissan caíram 4,5% ontem, o que levou a empresa a ter o pior desempenho do dia entre as três maiores montadoras japonesas. A companhia também se recupera de um escândalo que envolveu seu ex-chefe Carlos Ghosn, que Uchida não mencionou.

As ambições da montadora envolvem ainda uma aposta no sucesso de sua tecnologia de bateria de estado sólido total (ASSB, sigla de all-solid-state battery). Esse tipo de bateria fornece maior autonomia e densidade energética - uma medida da quantidade de energia que pode ser extraída dela. Fabricantes de veículos e investidores aprovam seus custos mais baixos, seu melhor desempenho e sua maior segurança, mas as ASSBs ainda não têm um formato confiável para comercialização em massa.

Além de construir uma fábrica piloto para dispositivos ASSB nos próximos três anos, a Nissan planeja oferecer essa tecnologia em um veículo elétrico para comercialização em massa até o ano fiscal que terminará em março de 2029.

Outras montadoras, entre elas a poderosa rival Toyota, estão engajadas em uma corrida acirrada para desenvolver baterias de estado sólido total, uma tecnologia com grande potencial transformador.

Uchida afirmou que enquanto isso a Nissan continuará a reduzir os custos das baterias de íons de lítio atuais, que ele previu que poderiam cair em 65% dentro dos próximos oito anos.

As ambições da Nissan para os veículos elétricos têm ultrapassado de forma consistente as de suas concorrentes japonesas, que continuam a visar outras tecnologias, como o hidrogênio e as células de combustível.

Sob o comando de Ghosn, a Nissan entrou no mercado de comercialização em massa de veículos elétricos há uma década, com o lançamento da primeira geração de seu modelo Leaf. Desde então, concorrentes dos Estados Unidos e da Europa, como Volkswagen, Ford e General Motors, desenvolveram veículos elétricos de olho no rápido crescimento da demanda mundial.

Mas nem todas traduzem essas ambições em compromissos climáticos claros. Na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26) em Glasgow neste mês, apenas onze montadoras assinaram uma declaração em que se comprometem a acabar com os veículos movidos a combustíveis fósseis até 2040. A Nissan, assim como a Toyota, a Honda e a BMW, não estavam entre os signatários.
Fonte: Valor Econômico
Texto extraído do boletim SCA
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