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Diversas

Regras para usinas híbridas tornam eólica e solar mais competitivas
Publicado em 03/12/2021 às 08h37
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Os projetos de usinas eólica e solar vão ficar ainda mais competitivos com a nova regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o funcionamento de centrais híbridas.

Embora permita a combinação de várias fontes, incluindo hidrelétricas e termoelétricas, a regra beneficia sobretudo as energias renováveis, com o aumento da produtividade.

Para cada 1 megawatt (MW) de energia eólica instalado é possível colocar até 35% de capacidade solar, segundo a desenvolvedora de projetos Casa dos Ventos.

Isso porque as duas fontes são complementares. Enquanto o pico de produção da eólica é à noite, a solar gera durante o dia.

Mas o parque eólico paga o uso do sistema de transmissão pela capacidade total. Com a regra, a inclusão de uma solar, por exemplo, poderia ocupar parte da capacidade da rede durante o período de baixa geração da eólica.

Além dos projetos novos, que já vão nascer híbridos, muitos parques em operação poderão instalar outras fontes em suas áreas. Só a Casa dos Ventos acredita que pode incrementar seus parques eólicos, de mais de 2,8 mil MW, com 650 MW de energia solar.

Outras empresas também já estão com estudos avançados para novos projetos híbridos e para adaptar plantas já existentes, como a Enel, que já tem uma usina híbrida em Pernambuco. "O modelo permite usar de forma mais eficiente a mesma conexão", diz Roberta Bonomi, da Enel Green Power Brasil.

De acordo com a Aneel, além da complementaridade das fontes de geração e do uso mais eficiente da rede de transmissão, a vantagem das usinas híbridas está na mitigação de riscos comerciais e economia na compra de terreno para instalação dos projetos. "A medida contribui, assim, para o crescimento da capacidade de geração com menores investimentos em expansão das redes" diz a diretora da Aneel, Elisa Bastos, em nota.

Votorantim

Segundo a agência, antes da regulamentação, já havia sido aprovado um projeto-piloto da Votorantim, que deve entrar em operação em 2023. O empreendimento inclui o complexo eólico Ventos de São Vicente e a usina solar Sol do Piauí, num total de 68 MW.

Também há alguns programas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) geridos pela Aneel, que inclui unidades solares em hidrelétricas como Sobradinho, Porto Primavera, Aimorés e Itumbiara. "A partir de agora, com a regulamentação, vamos avaliar os projetos híbridos. Nem todos os 20 mil MW de energia eólica no Brasil poderão ter usinas solares, por causa do tipo de terreno, mas muitos poderão ser adaptados", diz Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica.
Fonte: Estadão Conteúdo
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