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Combustíveis Fósseis

Sauditas mantêm oferta de petróleo para agradar EUA
Publicado em 03/12/2021 às 10h20
Líder de fato da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a Arábia Saudita concordou em continuar aumentando a produção mensal de petróleo bruto após uma ofensiva de persuasão lançada por autoridades do governo Biden. O movimento incluiu um esforço para reestruturar as relações entre os EUA e o reino.

A decisão da Arábia Saudita ocorre após uma delegação americana de alto nível ter mantido encontros no reino nesta semana. A campanha sinaliza uma mudança no tratamento dado por Washington às relações com o reino, com um foco em economia e energia. A iniciativa do governo Biden de cortejar Riad ocorre num momento em que o preço da gasolina nos postos americanos disparou.

Joe Biden assumiu prometendo reavaliar as relações de Washington com Riad, por condenar a Arábia Saudita pelo assassinato de Jamal Khashoggi e outros abusos na área de direitos humanos. O governo americano também deixou claro que, ao contrário do antecessor Donald Trump, Biden trataria com o rei Salman, não com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, o filho do idoso monarca e líder nos assuntos do dia a dia do reino.

Mas nos últimos meses houve sinais de uma reformulação do enfoque de Washington. Analistas dizem que autoridades do governo americano perceberam que precisam assumir compromissos com Riad em torno de muitas de suas metas de política pública.

A iniciativa da Arábia Saudita e de outros membros da Opep+ de elevar a oferta de petróleo no ano que vem em 400 mil barris/dia foi uma surpresa para os operadores, que previam que o grupo tentaria elevar os preços, que caíram quase 20% nos últimos sete dias.

A reunião da Opep+ ocorreu após semanas de pressões da Casa Branca, que defendera um aumento da oferta para desaquecer os preços, que, até a semana passada, tinham dobrado em 12 meses.

No mês passado, Biden autorizou a maior liberação de todos os tempos de petróleo dos estoques dos EUA, na tentativa de pressionar os preços para baixo, após Riad e seus parceiros da Opep+ terem rejeitado os apelos dos Estados Unidos por aumentos da produção. Mas a medida teve pouco impacto imediato sobre os preços.

Após a decisão da Opep+ de ontem, os preços inicialmente caíram, mas registraram uma pequena alta em momentos posteriores do pregão, quando o referencial internacional, o petróleo de tipo Brent, por exemplo, subiu 0,5%, para US$ 69,22 o barril.

Assessores de petróleo sauditas disseram que esse não foi um gesto político, e sim uma medida relacionada à avaliação do país sobre o mercado de petróleo. No entanto, as previsões da própria Opep preveem que a oferta poderá ultrapassar em muito a demanda no começo do ano que vem.
Fonte: Valor Econômico
Texto extraído do boletim SCA
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