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Economia

Ibovespa sobe com Petrobras e exterior no radar; dólar devolve perdas da véspera
Mercado segue atento ao desenrolar da PEC dos Precatórios no Congresso e a decisão de taxa de juros no Brasil nesta semana, além de quaisquer atualizações sobre a variante Ômicron
Publicado em 06/12/2021 às 14h25
Foto Notícia
O Ibovespa operava em alta no começo de tarde desta segunda-feira, em meio a desempenho sem direção única dos futuros de ações nos Estados Unidos. Os papéis da Petrobras estavam no radar, após fala do presidente Jair Bolsonaro sobre combustíveis.

Além disso, mercado segue atento ao desenrolar da PEC dos Precatórios no Congresso e a decisão de taxa de juros no Brasil nesta semana, além de quaisquer atualizações sobre a variante Ômicron.

Por volta das 12h40, o principal índice da bolsa de valores subia 2,10%, a 107.273,54 pontos. O dólar subia 0,45%, cotado a R$ 5,680.

A Petrobras disse nesta manhã não antecipa decisões de reajuste de combustíveis. O posicionamento ocorre após o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmar, em entrevista ao Poder360 publicada no final de semana, que a companhia começa nesta semana a anunciar redução no preço do combustível.

Lucas Monteiro, trader de multimercados da Quantitas, diz que começa a se criar para o Ibovespa "um ambiente onde, talvez, a gente esteja começando a enxergar uma virada de movimento, onde aquela tendência de queda que vinha desde julho e agosto, esteja começando a mudar".

Segundo Monteiro, a pressão sobre o Ibovespa tem refletido receios especialmente sobre a questão fiscal, mas "talvez tenha ido um pouco além do que os fundamentos mostravam." Na semana passada, o índice renovou a mínima intradiária do ano e por pouco não rompeu a casa dos 100 mil pontos em 30 de novembro.

Dólar

O dólar devolveu completamente as perdas registradas mais cedo nesta segunda-feira, chegando a tocar R$ 5,70 no pico da sessão, à medida que a possibilidade de aumentos antecipados de juros nos Estados Unidos ofuscava expectativas de investidores em torno da reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central desta semana, que se encerra na quarta.

A expectativa em pesquisa da Reuters é de que o BC eleve a taxa Selic, atualmente em 7,75% ao ano, em 1,50 ponto percentual.

Juros maiores num determinado país tendem a elevar a atratividade de sua moeda, uma vez que aumentam a rentabilidade de se investir no mercado de renda fixa local.

"A decisão sobre a alta de juros no Brasil já tem sido precificada em 1,5 (ponto percentual). Isso faz o investidor externo olhar de novo para o Brasil e trazer recursos", explicou Lucas Schroeder, diretor de operações da Câmbio Curitiba.

No entanto, disse ele, "a gente acaba tendo que disputar com os Estados Unidos".

Sua fala diz respeito a sinalizações recentes de várias autoridades do Federal Reserve (Fed) de que o banco central norte-americano está preparando o terreno para acelerar o ritmo de redução de seus estímulos e possivelmente antecipar aumentos de juros para 2022, o que poderia limitar o efeito do ciclo de alta da Selic sobre o mercado de câmbio doméstico.

O próprio chair do Fed, Jerome Powell, disse na semana passada que acredita ser apropriado discutir na próxima reunião do banco central o encerramento total de seu programa de compras de títulos alguns meses mais cedo do que o esperado, em meio a sinais de persistência da inflação alta nos EUA. Isso poderia abrir caminho para alta nos custos dos empréstimos.

"Competir com (aumentos de) juros nos Estados Unidos é difícil, porque investir lá é muito seguro; a maior economia do mundo não dá calote", disse Schroeder.

A moeda norte-americana à vista fechou o último pregão, na sexta-feira, em alta de 0,34%, a R$ 5,678, máxima desde 13 de abril passado (R$ 5,717).

Ômicron

Os Investidores também continuavam monitorando o noticiário em torno da recém-detectada variante Ômicron do coronavírus, já que ainda não há clareza sobre qual será seu impacto sanitário e econômico ao redor do mundo.

O diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, Anthony Fauci, disse, à CNN, que os dados até agora sugerem que a variante não está causando quadros mais graves da Covid-19.

"Mas realmente temos que ter cuidado antes de fazer qualquer determinação de que é menos grave ou realmente não causa nenhuma doença grave comparável à Delta. Mas até agora, os sinais são um pouco animadores em relação à gravidade", comentou.

Até o momento existem seis casos da variante no Brasil.
Fonte: CNN Brasil
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