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Economia

Milho tem leve recuo na B3 nesta 3ªfeira com mercado ainda na calmaria
Publicado em 07/12/2021 às 16h52
A terça-feira (07) chega ao final com os preços futuros do milho flutuando próximos da estabilidade e levemente negativos na Bolsa Brasileira (B3).

O vencimento janeiro/22 foi cotado à R$ 94,50 com perda de 0,22%, o março/22 valeu R$ 95,07 com baixa de 0,03%, o maio/22 foi negociado por R$ 89,42 com desvalorização de 0,49% e o julho/22 teve valor de R$ 85,00 com queda de 0,41%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado da B3 segue na calmaria e de olho no fato de que o Rio Grande do Sul vai precisar de milho após perda de quase 2 milhões de toneladas no potencial produtivo desta safra verão.

"Deveria colher 6,5 milhões de toneladas e atender a demanda local, mas não vai atender mais e vai precisar de perto de 2 milhões de toneladas para atender o mercado local. Aqui no Rio Grande do Sul já dá sinais de que o ano vai ser bastante ajustado precisando de milho de outros estados ou importado", diz.

Brandalizze ressalta que, para o restante do país não há expectativa de que falte milho, mas a sobra da safra de verão já está começando a não existir mais. "O mercado vai começar a se firmar e se estabilizar com o mercado do porto entre R$ 87,00 e R$ 88,00 com chances de R$ 90,00 para fevereiro".

"Não há muito espaço para quedas muito bruscas no curto prazo porque neste momento não tem colheita e não tem pressão de venda, então vai se firmando", afirma o analista.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais altas do que baixas nesta terça-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, desvalorizações foram percebidas apenas em Ponta Grossa/PR e Pato Branco/PR. Já as valorizações apareceram em Londrina/PR, Cascavel/PR, Castro/PR, Palma Sola/SC, Brasília/DF, São Gabriel do Oeste/MS, Cândido Mota/SP, Itapetininga/SP e Campinas/SP.

De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, o "mercado doméstico e exportadores se movimentam com clima desfavorável na região Sul do país levando o milho em Campinas/SP a R$ 87,00/sc".

Enquanto isso, as lavouras de milho no Paraná avançaram para 13% em frutificação, 48% em floração e 39% ainda em descanso vegetativo. Já na qualidade das áreas, 1% está ruim, 9% médias e 90% boas, de acordo com levantamento do Deral.

Já no Mato Grosso, o Imea revisou para cima a área prevista para plantio da segunda safra de milho em 2022, que chegou aos 6,23 milhões de hectares, um aumento de 0,20% ante à última projeção. A publicação ainda manteve a estimativa de produtividade média para a safrinha em 106,09 sacas por hectare, o que deve resultar em uma produção total de 39,64 milhões de toneladas.

Mercado Externo

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) teve uma terça-feira de muita volatilidade para os preços internacionais do milho futuro que começaram o dia em alta, passaram a cair e retomaram força novamente na parte da tarde.

O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,86 com valorização de 2,75 pontos, o março/22 valeu US$ 5,86 com alta de 2,50 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,88 com elevação de 2,50 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,88 com ganho de 2,75 pontos.

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (06), de 0,51% para o dezembro/21, de 0,51% para o março/22, de 0,34% para maio/22 e de 0,51% para o julho/22.

Segundo informações da Agência Reuters, o milho caia seguindo a soja que foi impactada pelas previsões do tempo que diminuíram as preocupações com a seca em áreas de produção importantes para o desenvolvimento da safra no Brasil e na América do Sul.

Por outro lado, os traders disseram que a recuperação do mercado de ações e o alívio das preocupações sobre a disseminação da variante do coronavírus Ômicron deram suporte, mesmo com um dólar firme aumentando a pressão.

"Os grãos foram pegos em um pequeno cabo de guerra. Estamos presos em intervalos definitivos agora e será preciso algo grande para sair desses intervalos", disse Jim Gerlach, presidente da corretora AC Trading com sede em Indiana.
Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas
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