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A Uisa realizou a emissão de dois Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) no valor de R$ 172,35 milhões cada --- juntas, as emissões somam R$ 344,7 milhões. A operação foi estruturada pela securitizadora VERT e dividida em duas séries sêniores e independentes. A remuneração de ambas as séries é indexada ao CDI, com vencimento para dezembro de 2027 e janeiro de 2028, respectivamente.

A oferta foi distribuída via CVM 476 para cinco investidores, tendo entre eles a Kinea como investidora majoritária de ambas as emissões. Além disso, o lastro estabelecido é o de Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) e lastreado em contratos de compra e venda de cana entre a usina e seus fornecedores. As operações têm carência de 27 meses de principal, com pagamentos trimestrais de juros desde o início. Não obstante, há garantia de um fundo de reserva.

O presidente da Uisa, José Fernando Mazuca Filho, disse que o sucesso da operação é mais uma demonstração de confiança do mercado na estratégia da companhia. "Os investidores acompanham e conhecem o trabalho que estamos realizando. Esses recursos vão permitir a adequação da estrutura de capital, o reforço do capital de giro, e o aumento do ritmo dos investimentos em plantio para atingir a capacidade plena de moagem. Parte dos recursos serão também destinados para investimentos na atualização tecnológica da nossa planta industrial", afirma.

Para Fernanda Mello, sócia-fundadora da VERT, a operação se distingue de outros CRAs pela divisão nas emissões, que ocorreu por uma decisão estratégica e operacional. "São duas séries em cada CRA sem qualquer subordinação entre elas. A Uisa é um cliente recorrente e já trabalhamos juntos em outras operações. Além disso, foi uma operação em que atuamos de ponta a ponta, e o processo de estruturação foi bem complexo, com a discussão de inúmeras nuances, principalmente em relação às garantias", disse.