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Depois dos temporais, chega o frio. No último fim de semana, o Sul recebeu muita chuva – no leste de Santa Catarina, por exemplo, o volume foi quase três vezes a média esperada para o mês. Agora, o tempo volta a ficar mais estável na região, mas ainda é preciso ficar alerta: a entrada de uma massa de ar de origem polar vai trazer a primeira onda de frio deste outono, com mínimas abaixo de 10 °C em diversos municípios a partir desta quarta-feira (17).

“Vários recordes de temperatura mínima vão ser registrados nestes próximos dias no Centro-Sul do Brasil”, diz o meteorologista do Canal Rural, Arthur Miller.

De acordo com a Climatempo, com a entrada da massa de ar polar, aumenta a sensação de frio, principalmente na madrugada e no amanhecer. Em boa parte dos três estados do Sul, as temperaturas mínimas devem ficar entre 7 ºC e 17 ºC. Mesmo com a incidência solar, não esquenta até o meio da tarde: as máximas não devem ultrapassar a casa de 26 ºC.

Frio e geada

Segundo Arthur Müller, nesta quinta (18) e sexta-feira (19), há possibilidade de geada nas áreas mais altas da Serra Catarinense e no sul do Paraná. Mas, por enquanto, os alertas não são extremos e as lavouras não serão atingidas.

“Só lá para meados de junho, talvez, a gente tenha geada em áreas produtoras, não há previsão nem de um outono, nem de um inverno rigoroso”, afirma Müller.

Outras regiões

O ar frio e seco também deve atingir parte de Mato Grosso do Sul. O estado vai continuar com baixa umidade do solo para o desenvolvimento do milho segunda safra. Somente nas áreas da metade norte do estado o volume pode ultrapassar 100 milímetros, ajudando a reposição hídrica. Em Goiás e Mato Grosso, as pancadas tem sido mais bem distribuídas.

No Norte e no Nordeste, há expectativa entre 50 e 150 mm nas faixas mais ao norte. Enquanto isso, no interior da Bahia, segue a falta de chuva para o milho e pastagens. A faixa do litoral desde Pernambuco até a Bahia tem previsão de chuva muito forte, que pode trazer prejuízos para áreas de cacau.

No Sudeste, as pancadas permanecem irregulares. Apenas o leste de São Paulo, sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro devem ter volumes que podem chegar a 50 mm, e isso ajuda a repor a água disponível no solo.

“Essa umidade beneficia cana-de-açúcar, café e grãos. Já no norte de Minas Gerais, o tempo seco pode prejudicar pastos e milho”, diz o meteorologista.