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Colheita da safra eleva preço do frete nas regiões produtoras, mostra acompanhamento da Conab
Publicado em 01/04/2025 às 08h21
Foto Notícia
A grande procura por fretes continua impactando a movimentação de produtos agropecuários no país, conforme aponta o Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta segunda-feira (30). O aumento da demanda por transporte, aliado à menor oferta de prestadores de serviço e o impacto do reajuste do diesel impulsionaram as cotações em estados como Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí e São Paulo.

Em Mato Grosso, a intensificação da colheita e os custos resultaram em um aumento dos preços no final de fevereiro. Já no Piauí os valores subiram, puxados pelo início antecipado da colheita da soja, chegando a  39% na média. No Maranhão, os embarques de soja pelo sistema multimodal da VLI elevaram os fretes em 26,8% na rota de Balsas ao Terminal Portuário de São Luís.

Na Bahia, enquanto algumas praças registraram aumentos devido à maior demanda, em Irecê houve redução, reflexo da ampliação da oferta de prestadores de serviço. Em São Paulo, os valores subiram levemente, e seguem nos maiores patamares históricos recentes, devido à concorrência por caminhões com outras regiões produtoras. No Paraná, a valorização da soja impactou diretamente os fretes, com aumentos de 20% em Campo Mourão, 19,35% em Cascavel e 11,94% em Ponta Grossa.

No Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso do Sul, os fretes também apresentaram aumentos expressivos em fevereiro, impulsionados pela maior demanda, pela alta do preço do diesel e pela revisão da tabela de fretes. Em Goiás, a dificuldade em encontrar caminhões e a alta demanda por transporte, especialmente para os portos de Santos e Paranaguá, refletiram nos preços. Já no Distrito Federal, os aumentos foram de 12% a 15%, com destaque para as rotas de Araguari (MG), Santos (SP) e Imbituba (SC). Em Mato Grosso do Sul, a alta nos fretes foi impulsionada pela colheita das culturas de verão e pela elevação do ICMS, resultando em custos elevados para o escoamento da safra.

Portos e exportação

De acordo com o Boletim, a exportação de milho em fevereiro foi menor que no mesmo período de 2024, enquanto os embarques de soja mais que dobraram em relação ao ano passado. O Porto de Santos, o Arco Norte e Paranaguá foram os principais pontos de escoamento dessas commodities. A demanda aquecida por transporte e os desafios no escoamento seguem elevando os custos logísticos.

A importação de fertilizantes também cresceu nos primeiros meses de 2025, acompanhando a preparação para o plantio da segunda safra de milho e de cereais de inverno. Os portos do Arco Norte ampliaram sua participação, enquanto Paranaguá e Santos mantiveram volumes semelhantes ao ano anterior.

No caso do farelo de soja, as projeções de exportação têm impulsionado o esmagamento da oleaginosa, em um cenário de competição com Estados Unidos e Argentina. No acumulado de janeiro e fevereiro, os volumes exportados permaneceram próximos ao do ano passado, com Santos, Paranaguá e Rio Grande liderando a movimentação.
Fonte: Uagro - Universo Agro
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