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Transnordestina deve ter apenas um trecho do interior do Piauí a Pecém
Publicado em 21/07/2021 às 16h38
O governo decidiu levar à frente a construção de apenas um dos dois trechos da ferrovia Transnordestina, o que liga o interior do Piauí, em Elizeu Martins, até o porto de Pecém, no Ceará. Durante Live do Valor, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou que, por enquanto, ainda não há viabilidade econômica para fazer a conexão da ferrovia até Porto de Suape, em Pernambuco.

O projeto da Nova Transnordestina foi concebido ainda no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com previsão de conclusão em 2010, as obras da ferrovia sofreram inúmeras interrupções e até hoje não há prazo para entrar em operação. O orçamento do projeto mais do que dobrou. Já foram gastos cerca de R$ 7 bilhões e outro montante equivalente a esse ainda precisaria ser gasto.

"Foi um imbróglio que foi herdado, mais um problema de modelagem. Entendo que as duas ´pernas´ não coexistam. Estou deixando claro para todo mundo que não tem demanda para o ramal de Pernambuco e para o ramal do Ceará", disse Tarcísio.

O ministro explicou que o projeto precisará ter as bases econômicas redefinidas. "É um contrato que, em função de ter uma quantidade grande de obra enterrada, precisa ser redesenhado. O que dedicamos a fazer, até agora, foi esse redesenho, apertar a tecla ´reset´", afirmou.

Segundo ele, o governo tem reconhecido o esforço da concessionária Transnordestina Logística, comandada pela CSN e responsável por construir e operar a ferrovia. Ele contou que a empresa mantém as obras em andamento com praticamente 1.000 trabalhadores em campo, tendo investido R$ 300 milhões somente ano passado. "Tenho que buscar aquilo que também gera um alinhamento de sentidos em relação ao concessionário que está lá", reforçou.

Tarcísio garantiu que poderá cassar o contrato de concessão da Transnordestina -- declarar caducidade -- se houve alguma desconformidade no cumprimento das obrigações acordadas, em prejuízo ao interesse público. "A caducidade já foi aprovada pela agência [ANTT], faltando só a gente declarar", afirmou.

Ele disse que a alternativa de relicitar a ferrovia, para escolher um novo investidor, não está nos planos do governo, pois seria "muito difícil de viabilizar".
Fonte: Revista Ferroviária
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