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ANP reforça monitoramento sobre estoque de diesel no país
Publicado em 16/08/2022 às 10h26
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Começam a valer nesta segunda-feira (15) medidas da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) para ampliar o monitoramento do estoque de diesel no país, diante do risco de desabastecimento no segundo semestre.

A partir de agora, produtores e distribuidores do setor deverão avisar a agência sempre que fizerem novas contratações de carga, além de informar dados sobre estoques e importações que já são regularmente encaminhados à ANP. A comunicação será feita via formulário enviado por e-mail à agência reguladora.

As empresas também deverão comunicar sobre qualquer restrição de compra do produto, elevação do risco de importações, contratempos, paradas não previstas de refinarias, alteração do destino ou qualquer outro fato relevante que possa impactar a chegada de diesel S-10 no país.

O Brasil não enfrenta uma indicação de desabastecimento no setor, segundo presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araujo, mas, segundo ele, o risco existe e justifica a ampliação do monitoramento.

"A ANP está fazendo a coisa certa ao monitorar os estoques diariamente, considerando uma elevação do consumo do diesel no segundo semestre no Brasil, ligada à necessidade desse combustível para movimentação da safra", diz.

O último relatório do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) sobre o estoque de diesel no país, divulgado neste mês de agosto, mostra que o país deve registrar déficit do óleo nos meses de setembro (-126 milhões de litros), novembro (-57 milhões de litros) e dezembro (-75 milhões de litros). Em agosto e outubro, a oferta deve ser maior do que a demanda, com superávit de 106 milhões de litros e 88 milhões, respectivamente.

"Há a expectativa de um pequeno déficit que poderá ser suprido com os estoques atuais do país", avalia o IBP.

A Abicom aponta que, diante da expectativa de maior demanda que oferta no segundo semestre, o preço do diesel pode voltar a subir. No Brasil, a Petrobras fez duas reduções no valor do litro neste mês de agosto. No entanto, Sergio Araujo aponta que a expectativa é de pressão no preço por conta do mercado mundial.

"Em especial no óleo diesel, a expectativa é de alta no preço, que está muito deslocado do brent (petróleo). Não seria o momento de fazer um novo ajuste. Como existe a possibilidade de aumento na demanda no fim de ano, quanto tem o inverno no hemisfério Norte, com a utilização do combustível para o aquecimento e escassez do gás natural na União Europeia, o diesel é o substituto, isso está aumentando o preço do diesel mais do que o petróleo", colocou.
Fonte: Pauline Almeidada - CNN
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