Açúcar

As cotações internacionais do açúcar apresentaram intensa volatilidade ao longo de fevereiro, quando chegaram a renovar máximas de mais de seis anos. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), balizadora do mercado, os contratos com entrega em maio de 2023 fecharam a sessão do dia 30 de março a 21,96 centavos de dólar por libra-peso, ante 20,07 centavos em 28 de fevereiro, alta de 9,4%.

Ao longo de março, oscilaram entre uma mínima de 20,49 centavos (no dia 20) e uma máxima de 21,96 centavos no dia 30, considerando os valores de fechamento. Nas intradiárias também da sessão do dia 30, alcançaram o patamar de 22,00 centavos, uma máxima história para o contrato.

Em Londres, o açúcar branco para maio fechou a 630,70 dólares a tonelada no dia 30, após atingir o pico de 634,80 dólares, o nível mais alto para o primeiro vencimento desde julho de 2012. Em março, acumulou alta de mais de 12%.

Segundo analistas, os contratos futuros do açúcar foram sustentados em março por ofertas apertadas depois de safras abaixo do esperado em várias origens, notadamente na Índia e na Tailândia. A União Europeia espera que a queda na produção leve a aumento das importações e a uma queda da área plantada de beterraba na safra 2023/24.

A safra da região centro-sul do Brasil, que começa oficialmente em abril, pode trazer algum alívio, disseram operadores, mas há preocupações entre os traders quanto à capacidade dos portos para lidar com grandes safras de soja, açúcar e milho.