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Com o passar do outono, que começou em 20 de março, o clima brasileiro começa a apresentar uma das principais características do inverno: a redução das temperaturas. A condição é observada, principalmente, no Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste. Mas, afinal, quando o frio ficará realmente intenso? Entenda.

Até o momento, a menor temperatura do ano, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foi -0.1ºC, registrada em General Carneiro (PR) no dia 29 de abril durante a passagem de uma massa de ar frio intensa pelo Sul. A cidade paranaense voltou a ser destaque no domingo (11/5), quando teve novamente o menor número do país: 0,8ºC.

Mesmo com a tecnologia e diversos modelos meteorológicos em uso, é difícil prever quando será o dia mais frio de 2025. Porém, em entrevista à Globo Rural, o meteorologista Willians Bini aponta em quais períodos as temperaturas podem atingir os patamares mais baixos.

“Não existe uma data específica. Pode acontecer tanto no fim do outono, que é em junho, quanto no decorrer do inverno ou, até mesmo, no início da primavera. Ali é mais difícil, sim, mas não é impossível fortes ondas de frio na primavera. Em média, espera-se um frio mais intenso no ápice do inverno, que seria em julho e comecinho em agosto. São cinco meses que podem registrar o dia mais frio do ano”, diz.

A reta final do outono

Em ação no Brasil há 53 dias e iniciando a contagem regressiva para a chegada de uma nova estação em breve, o outono pode registrar uma onda de calor na próxima semana. De acordo com Bini, a previsão do tempo indica aumento das temperaturas na área mais central do Brasil, com destaque para o interior de São Paulo, Triângulo Mineiro, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Quando começa o inverno em 2025?

Em 2025, a estação conhecida pelas temperaturas negativas e episódios de geada, chuva congelada e até neve inicia em 20 de junho, às 23h42 (de Brasília), e permanece em ação até 22 de setembro, às 15h19 (de Brasília), quando abre espaço para a primavera.

Com a confirmação do fim do La Niña, fenômeno caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífio, e o clima em período de neutralidade, o inverno deste ano pode registrar episódios extremos de frio e ser bem mais intenso do que em 2024.

A afirmação é baseada na análise de estações passadas que não estavam sob a atuação do La Ninã e nem do El Niño. “Estatisticamente, temos mais condições de penetração de massas de ar intensas e que devem derrubar as temperaturas”, finaliza.

Como será o inverno em cada região do país

• Sul: Rio Grande do Sul e Santa Catarina devem registrar as menores temperaturas, com possibilidade de 0ºC ou menos nas áreas mais altas, geadas frequentes, chuva congelada e neve.
• Sudeste: pela proximidade com o Sul, a região terá noites frias e tardes mais amenas, com temperaturas ainda mais baixas nas cidades localizadas na área serrana e no interior de São Paulo e de Minas Gerais.
• Centro-Oeste: a amplitude térmica deve ser a marca da estação no Centro-Oeste, com dias quentes e noites frias, principalmente, no Mato Grosso do Sul.
• Norte e Nordeste: distantes do Sul e do Sudeste, as regiões apresentam pouca variação térmica no inverno e seguem com temperaturas elevadas.