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Alta de Chicago e do dólar assegura preços e comercialização melhores para a soja no Brasil em agosto
Publicado em 01/09/2023 às 14h35
Foto Notícia
O mês de agosto foi marcado por melhora nos preços e no ritmo dos negócios no mercado brasileiro de soja. Os principais formadores das cotações domésticas -- contratos futuros na Bolsa de Chicago e dólar -- subiram e influenciaram de forma positiva a negociação.

A saca de 60 quilos subiu de R$ 146,00 para R$ 153 em agosto na região de Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), o preço passou de R$ 135,00 para R$ 142,00. Em Rondonópolis (MT), a cotação avançou de R$ 123,00 para R$ 130,00. No Porto de Paranaguá, a saca saiu de R$ 145,00 para R$ 152,00.

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), o mês foi positivo. Os contratos com vencimento em novembro tiveram valorização de 2,78%, encerrando o período na casa de US$ 13,68 3/4 por bushel. A preocupação com o potencial produtivo da safra norte-americana, por conta do clima seco, e a boa demanda pela soja dos Estados Unidos asseguraram a recuperação.

A safra norte-americana de soja deverá totalizar 4,11 bilhões de bushels em 2023, com produtividade média de 49,7 bushels por acre. A previsão foi divulgada hoje pela Pro Farmer, após a realização da sua tradicional crop tour. A estimativa de produção indicada ficou um pouco abaixo do projetado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em seu mais recente relatório, de 4,205 bilhões de bushels.

Para completar o cenário positivo para as cotações internas, o dólar comercial subiu 4,68%, encerrando agosto na casa de R$ 4,9498.

Argentina

A área a ser plantada com soja para a campanha 2023/24 na Argentina deve atingir 16,8 milhões de hectares, um aumento de 3% em relação à campanha anterior, segundo estimativas da SAFRAS & Mercado. A produção está estimada em 48,50 milhões de toneladas, um aumento de 130% em relação à temporada passada, quando foi de apenas 21,1 milhões, como resultado da forte seca.

As províncias que teriam a maior produção de soja seriam Buenos Aires, Córdoba, Santa Fé, Santiago del Estero e Entre Ríos.

Depois de uma das piores campanhas da oleaginosa argentina, espera-se uma recuperação significativa em termos de área, rendimento e produção. As províncias mais significativas que foram fortemente afetadas durante 2022/2023 (Buenos Aires, Córdoba, Santa Fé, Entre Ríos, La Pampa) devem apresentar um forte aumento, voltando à normalidade. Por outro lado, a região norte do país pode ter uma diminuição na sua área plantada, gerando uma queda em termos produtivos, mas não representativa a nível nacional, explicou SAFRAS & Mercado.
Dylan Della Pasqua
Fonte: Safras & Mercado
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