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Cotações internacionais do açúcar subiram em agosto com seca ameaçando safras da Ásia
Publicado em 01/09/2023 às 14h49
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As cotações internacionais do açúcar subiram em agosto, estendendo os ganhos de julho. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), os contratos com entrega em outubro do açúcar bruto fecharam a sessão do dia 31 de agosto a 25,06 centavos de dólar por libra-peso, ante 24,11 centavos em 31 de julho, alta de 3,9%. Em Londres (ICE Futures Europe), a posição outubro do açúcar refinado subiu 4,66%, fechando o mês a 715,20 dólares por tonelada. Os futuros do açúcar refinado atingiram máximas de 12 anos em agosto, a 740 dólares por tonelada.

Os futuros do açúcar foram sustentados em agosto por um clima seco na Ásia que ameaça as safras de cana dos grandes produtores de açúcar Índia e Tailândia. A Índia experimentou o mês de agosto mais seco em mais de um século, de acordo com dados do Departamento de Meteorologia estatal.

O clima seco tem sido atribuído ao fenômeno El Niño, um fenômeno climático natural que a Organização Meteorológica Mundial tem 90% de chances de persistir no segundo semestre de 2023. Com isso, investidores têm incrementado suas posições compradas (apostas de alta) em commodities, incluindo o açúcar bruto e o açúcar refinado.

Por outro lado, no Brasil a safra de açúcar do Centro-Sul seguiu acelerada em agosto. Segundo dados da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), a produção de açúcar na primeira quinzena do mês totalizou 3,46 milhões de toneladas. Essa quantidade, quando comparada àquela registrada na safra 2022/23 de 2,63 milhões de toneladas, representa aumento de 31,22%. No acumulado desde 1o de abril, a fabricação do adoçante totaliza 22,68 milhões de toneladas, contra 18,63 milhões de toneladas do ciclo anterior (+21,69%). O mix de produção segue favorecendo o adoçante que no acumulado da safra se apropria de 48,93% do ATR estimado.

Na primeira metade de agosto, 2,35 bilhões de litros (+16,43%) de etanol foram fabricados pelas unidades do Centro-Sul. Do volume total produzido, o etanol hidratado alcançou 1,42 bilhão de litros (+22,46%), enquanto a produção de etanol anidro totalizou 921,63 milhões de litros (+8,19%). No acumulado desde o início do atual ciclo agrícola até 16 de agosto, a fabricação do biocombustível totaliza 16,79 bilhões de litros (+6,84%), sendo 9,76 bilhões de etanol hidratado (+0,73%) e 7,03 bilhões de anidro (+16,66%).
Fábio Rübenich
Fonte: Safras & Mercado
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