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Diversas

Raízen registra lucro de R$ 779,2 milhões no 3º tri do ano-safra 2023/24
Publicado em 09/02/2024 às 11h20
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Já o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado avançou 32,5% frente ao mesmo trimestre do ano-safra anterior
Foto: Divulgação/Raízen
A Raízen, empresa integrada de energia que atua na produção de açúcar e biocombustíveis e na distribuição de combustíveis, encerrou o terceiro trimestre do ano-safra de 2023/24 com lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 779,2 milhões, ante R$ 174,2 milhões de igual período do ano anterior.

No intervalo, a companhia teve receita líquida de R$ 58,49 bilhões, queda de 3,1% em um ano, refletindo sobretudo os preços menores de combustíveis. Já o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado avançou 32,5% frente ao mesmo trimestre do ano-safra anterior, a R$ 3,9 bilhões.

Mesmo com o elevado ciclo de investimentos em curso (em torno de R$ 11 bilhões por ano), no período de abril a dezembro, a alavancagem financeira da Raízen, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado em 12 meses, recuou de 2,5 vezes para 1,9 vez.

Ao Valor, o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Carlos Moura, explica que o crescimento é orientado pela diversificação dos negócios, o que permite um balanço mais resiliente em um momento ainda de juros altos. A produtividade agrícola foi a principal alavanca de resultado da companhia com um importante ganho de produtividade superior ao setor.

“A gente gera na mesma área um maior volume de cana por tonelada. Saímos de uma produtividade no ano de 70 toneladas de cana por hectare (TCH) para 85,6 TCH. Isso impulsionado por volume e produtividade”, diz. “Com mais produtividade agrícola, conseguimos distribuir o valor na cadeia de produtos, tanto açúcar, quanto etanol, Power e etanol de segunda geração (E2G). Ou seja, essas linhas de negócios se beneficiam da produtividade agrícola e esta é a nossa prioridade”, acrescenta.

A empresa se beneficiou do aumento do preço do açúcar no mercado global. Isso ocorreu devido à decisão da Índia de expandir a produção de etanol, diminuindo a oferta de açúcar no mercado. Ao mesmo tempo, o Brasil registrou uma supersafra. No negócio de mobilidade (distribuição de combustíveis), o histórico dos últimos anos foi de margens deprimidas, mas que vem apresentando melhoras.

“A gente cresceu aproximadamente 140 postos, no comparativo de ano contra ano. Enquanto o mercado vem desidratando de tamanho, a Raízen vem expandindo. Na América Latina, a gente tem 1.209 postos na Argentina e no Paraguai. E em um ano muito desafiador, com volatilidade macroeconômica e mudanças de presidentes nos dois países vizinhos. Nós conseguimos navegar bem com sustentação de margem”, diz o executivo.

Um dos focos para o futuro é a formação de uma base de clientes no mercado livre de energia, oferecendo serviço de migração pela plataforma Raízen Power, dedicada aos projetos de energia elétrica renovável da companhia. Atualmente a marca possui mais de 70 mil clientes e a perspectiva é chegar até 85 mil até o fim do ano safra.

Para o futuro, a empresa vê etanol de segunda geração (E2G) como uma grande avenida de crescimento, já que é um produto com quase três vezes mais valor agregado em relação ao etanol hidratado e uma demanda em crescimento. A empresa deve iniciar a operação da maior usina de etanol 2G do mundo, o Parque de Bioenergia Bonfim, na cidade de Guariba (SP) em breve.

“Estamos produzindo 30 milhões de litros. Vamos estar aptos a produzir este ano algo em torno de 70 milhões de litros com a planta de Bonfim e estamos com mais quatro outras plantas sendo construídas em paralelo com 82 milhões de litros cada uma”, calcula. O plano é que até 2028 nove fábricas estarão em operação e entre 2030 e 2031, a produção chegue a 1,6 bilhão de litros.
Fonte: Valor Econômico
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