Agência UDOP

Os contratos futuros do açúcar fecharam no vermelho ontem (24) nas bolsas internacionais, refletindo, segundo analistas ouvidos pela Reuters, preocupações com a redução dos estoques no Brasil, maior produtor da commodity, e a possibilidade de chuvas atrapalharem o final da temporada na região Centro-Sul brasileira.
 
“Operadores disseram que, embora as chuvas no Brasil melhorem as perspectivas para a safra do próximo ano, elas chegaram tarde demais para ajudar a safra deste ano e podem, se houver, atrapalhar a safra atual”, destacou a Agência Internacional de Notícias.
 
Em Nova York, na ICE Futures, os contratos do açúcar bruto fecharam desvalorizados em quase todos os lotes, a única exceção foi o lote outubro/26, que fechou estável. O contrato março/25 foi comercializado a 22,20 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 14 pontos, ou 0,6%, no comparativo com os preços do dia anterior. Já a tela maio/25 caiu 11 pontos, contratada a 20,50 cts/lb. Os demais contratos recuaram entre 3 e 8 pontos.
 
“Operadores também observaram que, no mês passado, os incêndios florestais prejudicaram mais a cana recém-plantada do que a cana da safra atual e que a seca neste ano ainda pode atrasar o início da safra do próximo ano”, ainda segundo a Reuters.
 
Londres
 
Na ICE Futures Europe, de Londres, o açúcar branco fechou desvalorizado em todos os lotes nesta quinta. O contrato dezembro/24 foi comercializado a US$ 569,60 a tonelada, desvalorização de 1,50 dólar no comparativo com a véspera. Já a tela março/25 caiu 1,40 dólar, contratada a US$ 577,10 a tonelada. Os demais contratos caíram entre 70 cents e 1,60 dólar.
 
Mercado interno
 
No mercado interno a quinta-feira foi de alta nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada ontem pelas usinas a R$ 158,26 contra R$ 157,90 de quarta-feira, valorização de 0,23% no comparativo. No mês o indicador acumula alta de 8,16%.
 
Etanol hidratado
 
O etanol hidratado também fechou valorizado ontem pelo Indicador Diário Paulínia. O biocombustível foi negociado pelas usinas nesta quinta-feira a R$ 2.690,00 o m³, contra R$ 2.682,50 o m³ praticado na quarta-feira, valorização de 0,28% no comparativo.