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Preços de gasolina, diesel, etanol e GLP ficam estáveis em janeiro, mesmo com alta do Brent, diz Ineep
Publicado em 19/02/2024 às 08h53
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Os preços da gasolina, do diesel S-10, do gás liquefeito de petróleo (GLP) e do etanol não acompanharam as movimentações das cotações internacionais em janeiro, segundo relatório do Instituto Nacional de Estudos Estratégicos de Petróleo e Gás (Ineep).

De acordo com o Ineep, os preços dos derivados no mercado brasileiro ficaram estáveis no mês passado, enquanto o petróleo tipo Brent subiu 3,2%. O Instituto também destaca as mudanças tributárias em janeiro, com o retorno de impostos federais: o diesel sofreu um aumento de tributo de R$ 0,35 por litro e o GLP, conhecido como gás de cozinha, uma alta de R$ 2,18 por botijão de 13 quilos. "Ao menos em janeiro, os preços internos não acompanharam os movimentos internacionais, nem foram impactados pelas mudanças tributárias."

No caso dos combustíveis, ainda que as refinarias privadas acompanhem o preço de paridade de importação (PPI), os efeitos das altas no mercado internacional foram atenuados. "Na média nacional, a manutenção dos preços pela Petrobras conteve aumentos expressivos dos preços. No entanto, é possível observar aumentos em mercados regionais, sobretudo, naqueles em que há predomínio de atores privados no refino."

A gasolina saiu dos R$ 5,60 em dezembro para R$ 5,57 em janeiro, na média nacional, segundo o Ineep. As maiores médias nos Estados foram no Acre, de R$ 6,75, e em Rondônia, de R$ 6,39. As menores, no Maranhão, R$ 5,24, e no Piauí, R$ 5,22.

O diesel caiu 1,2% na média nacional em janeiro, para R$ 5,95 por litro. O etanol teve uma queda mensal de 1,7%, para R$ 3,42 por litro.

Segundo o Ineep, a Petrobras fechou o mês de janeiro com os preços da gasolina 4,1% abaixo da referência do PPI. No diesel, o preço da estatal ficou 8,1% abaixo da paridade internacional.

Para os próximos meses, os conflitos no Oriente Médio, com os ataques no Mar Vermelho impactando o custo do frete, podem se prolongar ou se intensificar. "Entretanto, no caso do diesel, os efeitos dos preços internacionais já estão sendo observados no Norte e no Nordeste. Nessas regiões, houve elevação dos preços praticados pelas refinarias privadas, uma vez que, por questões locacionais e logísticas, essas empresas operam com razoável poder de monopólio regional. Assim, a estabilidade e a média verificadas no âmbito nacional podem ser ilusórias para um consumidor que se depara regionalmente com o poder de mercado dessas operadoras.
 
Fonte: Valor Econômico
Extraído do Clipping da SCA
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