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Preços da soja melhoram no Brasil e negociações ganham ritmo
Publicado em 12/03/2024 às 09h44
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A semana foi marcada por melhora nos preços domésticos da soja, acompanhando as valorizações combinadas de prêmios, contratos futuros em Chicago e do dólar. Com o repique das cotações internas, os produtores voltaram ao mercado e encontraram um comprador disposto a gastar. Como consequência a movimentação melhorou.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 114,00 para R$ 117,00 na semana. Em Cascavel (PR), o preço passou R$ 108,00 para R$ 113,50. Em Rondonópolis (MT), a cotação passou de R$ 108,00 para R$ 107,00.

No Porto de Paranaguá, a cotação subiu de R$ 116,00 para R$ 121,50. Os prêmios também melhoraram nos principais portos do país, mesmo com a entrada da safra sul-americana.

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em maio, os mais negociados, tiveram valorização de 1,08%, cotados na manhã da sexta, 8, a US$ 11,63 75 por bushel. Apesar do cenário fundamental negativo, o mercado passou por um período de correção técnica, com fundos e especuladores cobrindo posições vendidas e tentando se posicionar frente ao relatório de março do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

O câmbio também foi positivo aos preços domésticos, acumulando no período uma valorização de 0,5% no dólar comercial frente ao real. A moeda norte-americana era cotada a R$ 4,979 na manhã da sexta.

Argentina

A produção de soja da Argentina deve duplicar na comparação com a safra passada. A estimativa é do analista de Safras & Mercado, Bruno Todone. Durante apresentação na Expoagro, ele projetou a colheita argentina da oleaginosa em 49,6 milhões de toneladas.

“Os fundos especulativos estão muito vendidos e podem mudar a tendência. Além disso, a capacidade de pagamento melhorou”, disse. Por outro lado, as chuvas de fevereiro melhoraram a disponibilidade hídrica. No longo prazo, se acredita na possibilidade de La Niña para o terceiro trimestre a partir de anomalias que se observam na safra dos Estados Unidos.

Por fim, conforme Todone, deve-se prestar atenção no aumento do processamento, que seria ruim para a Argentina, devido à maior oferta de farelo.

China

As importações de soja em grão pela China nos meses de janeiro e fevereiro somaram 13,04 milhões de toneladas, um recuo de 8,8% frente ao mesmo período do ano passado. Este foi o menor patamar para o período em cinco anos, reflexo das fracas margens de esmagamento e menor chegada de navios em função do feriado de Ano Novo Lunar.
Dylan Della Pasqua
Fonte: Safras & Mercado
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