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A expectativa da AGCO, dona de marcas como Massey Ferguson, Valtra e Fendt, é de uma Plano Safra 2024/25 com valor maior e juros menores com o recuo da Selic, a taxa básica de juros, disse o gerente-geral da AGCO e vice-presidente da Massey Ferguson América do Sul, Rodrigo Junqueira. O executivo preferiu não arriscar números em relação aos recursos destinados ao crédito agrícola, ao tamanho da queda esperada para os juros.

"O Plano Safra é de extrema importância e sempre ficamos na expectativa para o lançamento", afirmou. "Assim que ele é divulgado, normalmente você tem disponibilidade de recurso e em taxas naquele momento do lançamento muito atrativas, por isso o dinheiro se esgota de forma rápida. Então a expectativa é muito positiva."

O executivo também preferiu não arriscar números em relação ao montante que será destinado ao Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) e ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). "O que vemos, cada vez mais, é que o governo tem buscado acelerar boas práticas, vemos aí um fortalecimento de algumas linhas que incentivam pequenos, médios e grandes agricultores a adotarem tecnologias importantes e que atuem de forma cada vez mais sustentável", avaliou.

O gerente-geral da AGCO ainda vê espaço para que, dependendo dos juros e do montante, os equipamentos de menor porte e voltados para a agricultura familiar possam amenizar a queda nas vendas prevista pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). "Temos essa expectativa de que, dependendo do que sair (de linhas para renovação de máquinas agrícolas), o mercado tenha uma movimentação mais positiva", completou. "Se você libera uma taxa que esse público consiga renovar sua frota, consegue compensar a queda no valor arrecadado com o volume de máquinas vendidas."

Junqueira também destacou a importância de que o Plano Safra 2024/25 venha a contribuir "mais com quem precisa", destacando a importância para agricultores familiares e menores, além de apoio para o Rio Grande do Sul. "Esperamos que o seguro rural continue evoluindo", avaliou. "O Estado (RS) é um dos que mais aprenderam a trabalhar com seguros e que tem enfrentado muitos desafios com questões climáticas."

Ainda sobre as enchentes no Rio Grande do Sul, Junqueira disse que a fábrica de Canoas (RS) não teve inundação dentro dos prédios, atingindo apenas tratores parados no pátio e a área onde fica a subestação de energia. As instalações funcionaram com geradores de pequeno porte na primeira metade de maio, que mantiveram áreas como o restaurante funcionando, e de maior parte na segunda metade do mês, que ajudaram a recolher os equipamentos atingidos e fazer uma primeira avaliação dos danos, até a retomada das atividades no início de junho. As perdas financeiras ainda não foram contabilizadas pela empresa.