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Diversas

Copersucar e Geo farão combustível de aviação a partir de biometano
Empresas formam joint venture para produzir o biocombustível no interior de SP
Publicado em 27/06/2024 às 11h19
Foto Notícia
Alessandro Gardemann, da Geo bio gas&carbon, e Tomas Manzano, da Copersucar
--- Foto: Anna Carolina Negri/Valor
A Copersucar e a Geo bio gas&carbon decidiram unir forças para produzir biocombustível de aviação (SAF) a partir de biometano. A ideia é dar mais um destino aos resíduos agroindustriais das usinas de cana e ingressar em um mercado tão novo quanto promissor, uma vez que há políticas em vários países que estabelecem um rápido aumento do uso do renovável.

As empresas acertaram a criação de uma joint venture, com 50% de participação cada, por meio da entrada da Copersucar no capital de uma subsidiária da Geo bio gas&carbon. A nova empresa já se prepara para construir neste ano uma primeira planta em escala “demo-industrial” e com atuação comercial, para em seguida construir uma planta em escala comercial.

“A parceria com a Geo casa com o momento que estamos, de aproveitar toda a potencialidade da escala que a Copersucar tem, a base de biogás e biometano que o Brasil pode desenvolver, com uma rota adicional para atender as demandas de descarbonização da indústria de aviação”, disse Tomás Manzano, CEO da Copersucar.

As empresas mantêm os valores, ainda não totalmente fechados, sob sigilo. Mas dizem que o aporte na planta demo-industrial ficará na casa das “dezenas de milhões” de reais, enquanto a planta industrial pode ficar na casa das “centenas de milhões”, segundo Alessandro Gardemann, CEO da Geo Biogas & Tech. O local da primeira unidade ainda não foi definido.

A joint venture produzirá, através do método Fischer–Tropsch (FT), que converte gases em líquidos, o querosene parafínico sintético (SPK). O produto depois irá para uma refinaria convencional para ser transformado no bioquerosene de aviação.

É o segundo investimento em SAF a partir de biogás no Brasil. A primeira planta foi inaugurada na semana passada pelo Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) em Foz do Iguaçu (PR), em escala de demonstração.

A planta demo-industrial da joint venture entre Copersucar e Geo, que deve levar 12 meses para ser erguida, terá capacidade de produzir 200 mil litros de SAF ao ano. Para a planta industrial, as sócias estudam unidades modulares com capacidade de 50 milhões de litros por ano — volume ainda sob avaliação. A capacidade é menor que outras plantas de SAF, mas a lógica é ter estruturas menores capazes de usar a disponibilidade de biometano de cada usina.

 
Camila Souza Ramos
Fonte: Globo Rural
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