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Margem menor diminui ritmo de aumento, mas área de soja em 2024/25 ainda deve subir
Publicado em 15/07/2024 às 09h20
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Mesmo com margens menores, a soja deverá ter incremento de área na temporada 2024/25 no Brasil. Sem problemas climáticos, a aposta inicial é de uma produção recorde, superando 170 milhões de toneladas e ampliando em cerca de 20 milhões a disponibilidade da oleaginosa no maior produtor mundial.

Segundo levantamento de intenção de plantio de Safras & Mercado, os produtores brasileiros de soja deverão cultivar 47,331 milhões de hectares em 2024/25, crescendo 1,9% sobre o total semeado no ano passado, de 46,447 milhões.

Com uma possível elevação de produtividade, de 3.279 quilos para 3.643 quilos por hectare, a produção nacional deve ficar acima da obtida nesta temporada. A previsão inicial é de uma safra de 171,542 milhões de toneladas, 13,2% maior que as 151,548 milhões de toneladas colhidas este ano.

A pesquisa de intenção de plantio de soja da safra brasileira 2024/25, que começará a ser semeada a partir de setembro, aponta para um novo crescimento da área plantada e do potencial produtivo nacional, dando continuidade ao movimento de expansão da oleaginosa nos principais estados produtores do país.

A área deverá crescer em praticamente todos os estados produtores no país, mas em um menor ritmo em relação às safras anteriores. “Tal fato deve ocorrer devido à queda da margem dos produtores nos últimos meses, que é derivada, principalmente, do recuo nos preços praticados nos mercados brasileiro e internacional”, explica o analista de Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque. “De qualquer forma, como a oleaginosa ainda é uma opção mais rentável que outras culturas em boa parte dos estados, novamente os produtores irão optar pelo avanço da área”, completa.

No Sul, após uma temporada de perdas no Rio Grande do Sul e no Paraná, os produtores têm o desafio de semear uma nova safra diante da possibilidade crescente de um novo La Niña. “Esperamos um crescimento pequeno nas áreas a serem semeadas nestes dois estados, visto também que no Rio Grande do Sul muito produtores continuam com dificuldades financeiras pelas perdas produtivas registradas nos últimos anos. Algumas áreas de milho podem migrar para a soja nos dois estados, assim como algumas áreas de pastagem”, avalia Roque.

Segundo o analista, no Centro-Oeste e no Sudeste, novamente deve ser visto um crescimento da área semeada com a oleaginosa, com os produtores voltando a centralizar a produção de verão na soja e a produção da segunda safra no milho. Novas áreas devem ser abertas, principalmente sobre pastagens.

“Nas regiões Nordeste e Norte, mais uma vez deveremos ter os maiores percentuais de crescimento, dando continuidade ao avanço da soja na ‘nova fronteira agrícola’. O aumento das exportações pelos portos do Arco Norte é um fator positivo para a expansão da área, assim como as boas produtividades registradas nas últimas safras em alguns estados. Apesar disso, o ritmo de crescimento também deve ser menor que nas safras anteriores, devido às margens mais ‘apertadas'”, acrescenta Roque.

Se o clima permitir, a produção brasileira de soja poderá superar a marca de 170 milhões de toneladas pela primeira vez na história, sendo estimada inicialmente em 171,542 milhões de toneladas, um novo recorde.
Dylan Della Pasqua
Fonte: Safras & Mercado
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