União Nacional da Bioenergia

Este site utiliza cookies para garantir que você obtenha a melhor experiência. Ao continuar navegando
você concorda com nossa política de privacidade. Política de Privacidade

Diversas

La Niña e o impacto no mercado global de açúcar
Publicado em 30/07/2024 às 10h18
Foto Notícia
A recente análise da Hedgepoint Global Markets sobre o mercado de açúcar traz um panorama detalhado dos possíveis efeitos do fenômeno La Niña na produção do Centro-Sul do Brasil e no cenário global. Embora os preços do açúcar tenham mostrado recuperação após a divulgação dos números da Unica, as expectativas apontam para um superávit modesto na safra 24/25.

Clima e produção: perspectivas estáveis

Os padrões climáticos atuais sugerem um ano de maior estabilidade. A intensidade do La Niña, que será ativo entre setembro e fevereiro, foi revisada para baixo, indicando um impacto leve no mercado de açúcar. Grandes produtores como Brasil, Índia e Tailândia possuem baixa correlação entre precipitação e eventos de La Niña, sugerindo uma perspectiva neutra para a oferta.

Demanda global e comportamento da China

A demanda global de açúcar deve crescer em torno de 1%, com um excedente modesto previsto para 2024/25. A China desempenha um papel crucial nesse cenário; a maior disponibilidade doméstica de açúcar poderia reduzir as importações, pressionando os preços para baixo.

Recuperação dos preços e superávit previsto

Segundo Lívea Coda, analista de Açúcar e Etanol da Hedgepoint Global Markets, os preços foram impulsionados por uma safra brasileira abaixo do esperado. "No entanto, o cenário de médio prazo é mais baixista, com uma boa produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil e condições climáticas favoráveis na Índia e Tailândia", observa Coda.

Impactos do La Niña no Brasil e no mundo

Dados recentes do NOAA indicam uma alta probabilidade de La Niña a partir de agosto, com maior intensidade entre novembro e fevereiro. Esse período coincide com a janela de desenvolvimento da cana no Centro-Sul do Brasil e com o pico de moagem no Hemisfério Norte. No entanto, a correlação entre o ENSO e a precipitação no Brasil é baixa, sugerindo que um La Niña menos intenso não deve afetar significativamente a produção de cana, embora temperaturas mais baixas possam ser esperadas.

Oportunidades e riscos globais

A baixa intensidade do La Niña e a fraca correlação com a precipitação em países como Índia e Tailândia indicam uma perspectiva neutra, permitindo a recuperação da oferta. Caso o La Niña fosse extremamente forte, poderia levar a condições mais úmidas no Sudeste Asiático, afetando a moagem da Tailândia, mas a revisão para baixo da intensidade do evento sugere o contrário.
Aline Merladete
Fonte: Agrolink
Fique informado em tempo real! Clique AQUI e entre no canal do Telegram da Agência UDOP de Notícias.
Notícias de outros veículos são oferecidas como mera prestação de serviço
e não refletem necessariamente a visão da UDOP.
Mais Lidas