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Diversas

Gasolina chega a R$ 7 em SP; saiba como achar mais barata sem cair em golpe
Publicado em 14/08/2024 às 09h43
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Os motoristas paulistanos enfrentam uma verdadeira montanha-russa de preços na hora de abastecer. Enquanto alguns postos da cidade já estão cobrando até R$ 7,99 pelo litro da gasolina, outros oferecem o combustível por valores bem mais baixos. Essa variação acentuada gera preocupação e exige mais atenção dos consumidores.

Segundo o levantamento do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), a Região Sudeste registrou uma média de R$ 6,06 para o litro da gasolina em julho, um aumento de 1,85% em relação à primeira quinzena do mês, refletindo o reajuste anunciado pela Petrobras em 8 de julho. Mesmo com o aumento, o Sudeste ainda oferece os preços mais competitivos do Brasil.


De acordo com o Levantamento de Preços de Combustíveis da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), nas últimas semanas, em São Paulo, o preço médio da gasolina foi de R$ 5,87, mas com postos vendendo entre R$ 4,74 e R$ 7,99. Já o preço médio do etanol é de R$ 3,92, com variação entre R$ 3,29 e R$ 5,79.

Douglas Pina, Diretor-Geral de Mobilidade da Edenred Brasil, destaca que "em São Paulo, os motoristas encontraram a gasolina e o etanol pelo preço médio mais baixo de todo o território nacional. No período, o etanol foi considerado economicamente mais vantajoso em todo o Sudeste, além de ecologicamente mais viável, por ser um combustível que emite menos poluentes e contribui para uma mobilidade de baixo carbono."

Economize, mas fique atento às fraudes

Para quem deseja economizar, aplicativos como Waze, "Preço dos Combustíveis", "Gasosa" e "Abasteceaí" são aliados poderosos. Eles permitem comparar os preços dos postos e encontrar as ofertas mais vantajosas, evitando surpresas na hora de abastecer.

Contudo, é preciso cuidado com ofertas que parecem boas demais para ser verdade. De acordo com a própria pesquisa da ANP, o desvio padrão entre os postos é de R$ 0,47 para a gasolina e R$ 0,36 para o álcool. Isso significa que ofertas muito superiores podem ser sinal de fraude.

Emerson Kapaz, presidente do Instituto Combustível Legal, alerta: "Essas fraudes operacionais podem ser de dois tipos: em relação à qualidade do produto (adulteração) ou à quantidade. Nesse último caso, a bomba registra uma quantidade de produto, mas - na prática - o consumidor leva menos. É muito comum que postos fraudulentos apliquem, até mesmo, os dois golpes ao mesmo tempo."

Kapaz explica que as fraudes no setor geram um prejuízo de R$ 29 bilhões por ano, sendo R$ 14 bilhões relacionados à sonegação de impostos e R$ 15 bilhões a fraudes operacionais.

Ele alerta: "Promoções com pagamento em dinheiro, principalmente no fim de semana, quando a fiscalização é menor, são ciladas. É uma forma de não ter como comprovar onde você comprou o combustível problemático."

Outra recomendação do Instituto, que defende consumidores contra adulteração no combustível, é sempre pedir a Nota Fiscal, mesmo pagando no cartão.

"Com a nota fiscal e a via do cartão, fica mais fácil comprovar que a compra do combustível problemático foi feita naquele posto e, então, ir atrás dos seus direitos. Se se sentir lesado por combustível de má qualidade, orientamos que entrem em contato com o Instituto Combustível Legal para fazermos a apuração", informa o presidente da entidade.

Por que o preço está subindo?

O aumento nos preços dos combustíveis é impulsionado por vários fatores. Embora a Petrobras tenha alterado sua política de preços, deixando de seguir o Preço de Paridade de Importação (PPI), o impacto do mercado internacional ainda é significativo.

O economista Igor Lucena explica: "Para não se basear nos preços internacionais, a estatal precisaria subsidiar as alterações cambiais, o que poderia trazer muitas dívidas para a empresa. O que a Petrobras está fazendo é um meio termo: apesar de não revelar o prazo exato, estima-se que leva de 60 a 90 dias para que as variações no mercado internacional impactem os preços dos combustíveis no Brasil."

Além disso, a carga tributária voltou a pressionar os preços. Medidas adotadas durante o governo de Jair Bolsonaro para reduzir os impostos sobre os combustíveis expiraram no final de 2022 e foram parcialmente prorrogadas pelo governo Lula até fevereiro de 2023 para gasolina e etanol. Com o retorno das alíquotas, houve um aumento imediato nos preços: R$ 0,69 no litro da gasolina, R$ 0,35 no litro do diesel e R$ 0,24 no litro do etanol.

Lucena também menciona a desvalorização do real, que está se aproximando de R$ 5,50 por dólar, como outro fator que impacta diretamente os custos dos combustíveis. "Os gastos do governo influenciam na desvalorização da moeda, e toda vez que o dólar sobe, isso impacta diretamente o preço da gasolina."
 
Paula Gama
Fonte: UOL
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