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Diversas

Descarbonização vai impulsionar o futuro promissor do etanol
Publicado em 16/09/2024 às 11h22
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O consultor Plínio Nastari acredita que a descarbonização da economia passa pelo futuro promissor do etanol.
Foto: Sindalcool-PB
Até 2050, o potencial mercado de etanol no planeta corresponderá a 9,4 vezes a atual produção deste combustível no mundo, segundo uma projeção feita pela renomada Datagro Consultoria, uma das mais especializadas do setor. “É um mercado muito grande, muito promissor. Existe um senso de urgência generalizado sobre a importância de se expandir a produção do etanol, porque permite uma implementação de descarbonização imediata em várias atividades sem criar infraestrutura. Está havendo um reconhecimento geral do etanol”, resume o presidente da Datagro Consultoria, Plínio Nastari.

O futuro promissor do etanol passa por produtos que estão abrindo novos mercados “muito significativos” como o SAF – um querosene de aviação sustentável -, o biobunker, um combustível marítimo renovável; os bioplásticos; a reforma do etanol para a produção de hidrogênio, o biodiesel e os biocombustíveis em geral. “Todos esses mercados são muito representativos e trazem uma perspectiva enorme para o setor”, comenta Plínio.

“Já foi iniciamos este processo”, diz Plínio, se referindo a algumas iniciativas que já estão “saindo do papel” envolvendo os novos produtos. Uma delas é o SAF, que será produzido de maneira pioneira pela Raízen, que já obteve uma certificação internacional para fabricar o SAF no parque de bioenergia Costa Pinto, em Piracicaba (SP).

Incêndios nos canaviais

As queimadas que estão ocorrendo no Sudeste/Centro-Oeste do País vão trazer consequências para o setor nesta safra (2024/2025) e na próxima (2025/2026). Somente no Estado de São Paulo, foram atingidos cerca de 230 mil hectares plantados com cana-de-açúcar, segundo uma estimativa feita pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica).

Segundo Plínio, a cana-de-açúcar que é queimada precisa ser colhida e processada rapidamente porque depois do terceiro ou quarto dia depois do incêndio começa a sofrer podridão, que pode provocar problemas de contaminação na área industrial. “Dependendo da extensão da área queimada, as usinas têm problema de processar ou acabam tendo que abandonar as canas que foram queimadas, apesar da cooperação entre as usinas menos afetadas que ajudam a processar as canas das empresas que mais afetadas” , explica Plínio.

Também há perda do açúcar na cana queimada. “Isso pode atrapalhar a intenção da produção de açúcar”, conta Plínio. Os incêndios também queimam a rebrota da cana-de-açúcar, o que faz os produtores perderem três a quatro meses do desenvolvimento da planta, o que significa começar do zero de novo.

Como já foi veiculado em várias matérias, boa parte dos incêndios de canaviais no Sudeste/Centro-Oeste não foram acidentais, mas criminosos. “Tudo isso é muito ruim. Há pessoas sendo presas em flagrante em atos de colocar fogo nos canaviais. É uma infelicidade. E isso só vai ser controlado com a Polícia”, afirma Plínio.

O consultor acrescenta também que esta situação traz um alerta forte para os agentes do mercado do País. E ainda cita alguns números como 75% das exportações mundiais de açúcar bruto saem do Brasil.
Ângela Fernanda Belfort
Fonte: Movimento Econômico
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