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Alemanha apoia agenda de transição justa do Brasil no G20, diz cônsul
Brasil quer reduzir custo de financiamento e atrair investimentos estrangeiros em setores como hidrogênio, biocombustíveis e minerais críticos
Publicado em 31/10/2024 às 16h11
Foto Notícia
cônsul-geral da Alemanha no Rio de Janeiro, Jan Freigang
Foto: Divulgação
O cônsul-geral da Alemanha no Rio de Janeiro, Jan Freigang, disse nesta quarta (30/10) que o país europeu apoia a agenda do Brasil, como presidente rotativo do G20, focada na transição energética sustentável e na participação mais representativa do Sul Global em instituições financeiras multilaterais. 

A manifestação chega a poucas semanas da cúpula de líderes que ocorre nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro, marcando o encerramento da gestão brasileira, que colocou a transição energética justa no centro de suas prioridades.

Entre as defesas está a reforma da arquitetura financeira internacional, essencial para acelerar o fluxo de investimentos sustentáveis em países emergentes. 

“Eu acho que para a presidência do G20 do Brasil, o tema da transição energética, da sustentabilidade, da transição energética justa e acessível para a população [ficou] no centro da pauta e estamos realmente apoiando essa prioridade da presidência brasileira”, afirmou Freigang a jornalistas nesta quarta (30/10), durante evento em Minas Gerais. 

O esforço brasileiro consiste em reduzir o custo de financiamento e estimular investimentos estrangeiros em setores como hidrogênio, energias renováveis, biocombustíveis e minerais críticos — áreas nas quais países do Sul Global detêm grande potencial. 

Nesse contexto, Freigang abordou a necessidade de reformar a governança das instituições financeiras multilaterais para refletir as demandas de uma economia mundial mais diversa e garantir a chegada de investimentos aos países emergentes.

Em 2023, cerca de US$ 1,8 trilhão foram investidos em infraestrutura de energia limpa e mais de 70% desse total foram para países ricos e a China. Menos de 30% do financiamento está destinado para as demais nações do mundo, de acordo com dados da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês). 

“O sistema multilateral internacional foi criado há décadas, depois da Segunda Guerra Mundial, e o mundo mudou muito. Agora precisamos de uma reforma para dar mais representatividade, mais participação dos países emergentes, dos países do Sul Global, países como o Brasil”. 

Paralelamente, a Alemanha também está comprometida com a reforma do Conselho de Segurança da ONU, buscando ampliar a inclusão e a voz dos países emergentes, segundo o diplomata. 





 
Gabriel Chiappini
Fonte: AGÊNCIA eixos
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