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Clima e incêndios prejudicam safra de cana e estimativa de colheita para 2024/25 é reduzida
Conab diminuiu previsão de produção de açúcar, mas aumentou a de etanol
Publicado em 29/11/2024 às 08h52
Foto Notícia
Em seu terceiro relatório sobre a temporada 2024/25, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu sua estimativa para a colheita de cana-de-açúcar, de 689,8 milhões de toneladas para 678,67 milhões de toneladas. Esse volume apresentado nesta quinta-feira (28/11) representa uma diminuição de 4,8% em relação à safra anterior.

A queda deverá ocorrer apesar de um aumento de 4,3% na área plantada que, segundo a Conab, chegou a 8,7 milhões de hectares.

“Os principais fatores que contribuíram para essa diminuição incluem o impacto das condições climáticas adversas, como baixos índices pluviométricos e altas temperaturas, especialmente nas regiões Centro-Sul, que são responsáveis por 91% da produção nacional. Além disso, as queimadas nos canaviais, que afetaram diversas áreas no ciclo de produção, também prejudicaram o rendimento das lavouras”, escreveu a Conab, em relatório.

A produtividade média da safra deve ficar em 78.048 quilos por hectare, 8,8% menor que em 2023/24.

Regiões

Na região Sudeste, onde fica a maior área de cana do país, a produção deve cair 7,4%, para 434,48 milhões de toneladas. São Paulo, o maior estado produtor, será o principal responsável por essa queda, com uma redução de 35,24 milhões de toneladas. Apesar disso, a área destinada à colheita no Sudeste deve crescer 5,7%, para 5,39 milhões de hectares. A produtividade, por sua vez, deverá cair 12,3%, com uma estimativa de 80.650 kg/ha.

No Centro-Oeste, a produção de cana-de-açúcar deve alcançar 148,62 milhões de toneladas, um aumento de 2,5% em relação à safra anterior. A área destinada à colheita nesta região crescerá 3,9%, somando 1,85 milhão de hectares. No entanto, a produtividade média da região sofrerá uma leve queda de 1,3%, com uma previsão de 80.451 kg/ha.

Na região Nordeste, espera-se um aumento de 2,2% na produção de cana, com um total estimado de 57,72 milhões de toneladas. A colheita segue em andamento e deve atingir 55% até o final de novembro. Já no Sul, a produção sofrerá uma queda de 12,8%, totalizando 33,76 milhões de toneladas, devido à diminuição da produtividade e da área cultivada. Por fim, a região Norte, que responde por 0,6% da produção nacional, verá um crescimento de 3,8%, com uma estimativa de 4,09 milhões de toneladas, sendo que a colheita já foi concluída em 93%.

Açúcar e etanol

Com a menor colheita de cana, a Conab também reduziu sua estimativa para a produção de açúcar em 2 milhões de toneladas, para 44 milhões de toneladas. Esse volume é 3,7% inferior à safra 2023/24.

Nas regiões Centro-Sul e Norte, as atividades das unidades sucroenergéticas estão quase concluídas, confirmando a expectativa de queda na produção do adoçante. Embora ainda haja moagem no Nordeste e em algumas áreas das demais regiões, a menor oferta de matéria-prima impacta diretamente o total produzido nesta safra, afirma a Conab.

Em relação ao etanol, a produção total, que inclui tanto o derivado da cana-de-açúcar quanto o do milho, deverá atingir 36,08 bilhões de litros, representando um crescimento de 1,3% em comparação à safra anterior. O número também é maior que o previsto no mês passado, de 35,41 bilhões de litros.

Desse total estimado no relatório de hoje, 28,86 bilhões de litros serão de etanol proveniente da cana, com uma redução de 2,8% devido às condições climáticas desfavoráveis.

Já o etanol produzido a partir do milho terá um aumento significativo de 22,1%, com uma previsão de 7,22 bilhões de litros. Desse total, o etanol anidro será responsável por 2,87 bilhões de litros, enquanto o hidratado deverá somar 4,35 bilhões de litros.
Por Fernanda Pressinott — São Paulo
Fonte: Globo Rural
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