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ABAG celebra o avanço do acordo UE-Mercosul e reconhece sua importância estratégica a ambos os blocos
Publicado em 09/12/2024 às 08h07
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Caio Carvalho, Presidente da ABAG
A Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) celebra o avanço do acordo UE-Mercosul e reconhece sua importância estratégica a ambos os blocos para a expansão de oferta e a segurança alimentar e energética da União Europeia diante dos limites impostos pelo conturbado cenário geopolítico global.

Pelo lado do Mercosul, a expectativa é de um gradual incremento do PIB do bloco gerado pela facilitação de investimentos e redução e ou isenção de taxações da UE a produtos originários da América do Sul. Isso permitirá o aumento da capacidade do bloco em promover o desenvolvimento sustentável e o atendimento a demandas socioambientais e econômicas recorrentes.

Especificamente para o agronegócio, em 10 anos, a UE deve isentar em mais de 80% as importações agrícolas do Mercosul e dar acesso preferencial com menor tarifa a diversos produtos.

A eliminação de tarifas é referente a frutas, peixes, suco de laranja, óleos vegetais entre outros produtos. Já as carnes bovina e suína terão um valor estabelecido por cotas, assim como o açúcar e o etanol.

O Brasil, reconhecidamente um parceiro comercial confiável, vai contribuir ainda mais para suprir a necessidade da UE de estabelecer parcerias com cadeias produtivas descarbonizadas e sustentáveis, uma condição essencial para atingir as metas de redução de emissões.

Ademais, o Acordo deve valorizar a percepção sobre o agro brasileiro, sua condução profissional focada na produtividade e na sustentabilidade, que respeita as normas e dá origem a energias renováveis e alimentos de qualidade que abastecem inúmeras nações ao redor do mundo.

Para o presidente da ABAG, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, o avanço do Acordo tem um peso institucional muito grande e que no longo prazo essas oportunidades comerciais também vão gerar impactos positivos para a economia do Brasil, fomentando principalmente a produtividade da agroindústria.

Na avaliação do vice-presidente da entidade, Ingo Plöger, agora existe um esquadro jurídico que facilita o andamento de pautas futuras de cooperação entre blocos democráticos que apostam na livre iniciativa em um mundo cada dia mais protecionista.

“Teremos novas agendas comuns nas áreas de novos combustíveis e tecnologias de processos industriais, mais cooperando do que competindo, conjugando inovações em serviços digitais e fortalecendo os instrumentos de democracias. A ABAG em suas atuações internacionais agora será ainda mais demandada para buscar estas conjugações. Mais mercado, melhor cooperação, competição na diversidade e inovação, e expandindo a participação do privado nos desenvolvimentos sustentáveis”.
 
Fonte: Assessoria ABAG
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