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2025 deverá ser marcado por crescimento de produção de açúcar no Brasil e no mundo
Publicado em 03/01/2025 às 17h55
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O ano de 2025 deverá ser marcado por crescimento de produção de açúcar tanto em termos de Brasil como no âmbito global. Em dezembro, a consultoria Safras & Mercado elevou suas estimativas de moagem de cana-de-açúcar para a safra 2025/26 (abril-março). Para o total do Brasil, a consultoria aumentou sua projeção de 661,90 milhões de toneladas em outubro para 676,90 milhões. A projeção de colheita de cana para a região Centro-Sul passou de 605 milhões para 620 milhões de toneladas, enquanto a previsão para o Norte-Nordeste permaneceu praticamente a mesma, em 56,9 milhões de toneladas. 

Para o ciclo 2024/25, a moagem total de cana-de-açúcar do Brasil está estimada pela Safras & Mercado em 659,20 milhões de toneladas. A região Centro-Sul deve produzir 603 milhões de toneladas, e o Norte-Nordeste 56,2 milhões de toneladas 

Segundo o analista de Açúcar e Biocombustíveis da Safras & Mercado, Maurício Muruci, o período chuvoso no Centro-Sul iniciou 30 dias antes do habitual, beneficiando a maturação das lavouras. A temporada chuvosa, que normalmente começa no final de novembro, já estava acontecendo em outubro. As chuvas adicionais s ainda em novembro proporcionaram uma forte melhora nos níveis de qualidade dos canaviais colhidos ainda na safra 2024/25, proporcionando também base para melhoras mais significativas na safra futura, assinalou Muruci.
 
O mix de produção da safra 2025/26 seguirá altamente concentrado ao etanol (53% – 47%) devido as perspectivas de maior demanda, tanto pelas perspectivas de crescimento da economia quanto para a ampliação da mistura de etanol anidro à gasolina em 2025. 

A Safras & Mercado estima que o Brasil vai produzir 46,1 milhões de toneladas de açúcar em 2025/25, ante 45,08 milhões em 2024/25, uma alta de 2,3%. As exportações deverão aumentar 5%, passando de 39 milhões para 41 milhões de toneladas. 

Já a produção global de açúcar deverá crescer para 186,619 milhões de toneladas na temporada 2024/25, ante 183,827 milhões de toneladas em 2023/24, ou 1,5%, conforme estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O USDA projetou que a demanda global do adoçante totalizará 179,631 milhões de toneladas em 2024/25, ante as 177,567 milhões de toneladas apontadas para 2023/24 (alta de 1,16%). 

Assim, o mercado internacional de açúcar terá que lidar com um excedente de oferta de 6,988 milhões de toneladas em 2024/25, após superávit de 6,26 milhões de toneladas em 2023/24. 

Conforme o USDA, uma maior produção na China, Índia e Tailândia em 2024/25 mais do que compensarão a menor produção no Brasil. O consumo deve aumentar para um novo recorde com crescimento em mercados como a Índia. As exportações estão aumentando devido a maiores embarques da Tailândia. Por outro lado, os estoques cairão, pois os estoques reduzidos na Tailândia devem mais do que compensar um aumento nos estoques na Índia. 

A produção da Índia deve aumentar em 1,5 milhão de toneladas, para 35,5 milhões, devido ao clima favorável e maiores rendimentos. O consumo deve aumentar com o aumento da renda. As importações são estimadas em queda com a maior produção e as exportações devem cair ligeiramente devido à probabilidade de o governo manter os limites de exportação para atender ao consumo doméstico de alimentos.

A produção da União Europeia é estimada em 690.000 toneladas a mais, para 15,6 milhões de toneladas, já que a área de beterraba deve aumentar para atender à maior demanda. O consumo permanece inalterado, enquanto as importações estão em baixa com o aumento da produção. Apesar da maior produção, as exportações devem cair em comparação aos níveis notavelmente mais altos nos últimos anos de comercialização. Os níveis de estoque devem aumentar com as exportações mais baixas.

A produção da China aumentou mais de 1,0 milhão de toneladas, para 11,0 milhões, já que a área para cana-de-açúcar e beterraba deve aumentar. O consumo é estimado em um ligeiro aumento, partindo do pressuposto de que os gastos do consumidor aumentarão com os preços mais baixos do açúcar, aumentando a demanda. As importações são estimadas inalteradas, enquanto os estoques são estimados em alta com a maior produção.

A produção da Tailândia deve aumentar 16%, para 10,2 milhões de toneladas, devido ao clima favorável, resultando no aumento da produção de cana-de-açúcar e dos rendimentos de açúcar. O consumo continua crescendo, mas a uma taxa mais lenta devido à menor renda disponível esperada. As exportações devem quase dobrar com a maior produção, enquanto os estoques devem cair em um terço com as maiores exportações.

 
Fábio Rübenich
Fonte: Safras & Mercado
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