União Nacional da Bioenergia

Este site utiliza cookies para garantir que você obtenha a melhor experiência. Ao continuar navegando
você concorda com nossa política de privacidade. Política de Privacidade

Falta de chuvas na Argentina e Trump moderado sustentam preços da soja em Chicago; cotações domésticas acompanham
Publicado em 24/01/2025 às 17h49
Foto Notícia
Os preços da soja tiveram valorização nesta semana no mercado brasileiro. Os produtores aproveitaram o melhor momento e, como consequência, o período foi marcado por uma melhora no ritmo da comercialização. Apesar do recuo do dólar, a melhora nas cotações futuras em Chicago garantiu a alta nos referenciais domésticos. 

A saca de 60 quilos subiu de R$ 132,00 para R$ 137,00 na semana, em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), o preço passou de R$ 123,00 para R$ 128,00. Em Rondonópolis (MT), a cotação permaneceu na casa de R$ 116,50. Já no Porto de Paranaguá, a saca valorizou, passando de R$ 132,00 para R$ 134,00. 

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em março apresentaram alta acumulada de 1,84% na semana, até a manhã da sexta, 24. O bushel estava cotado na casa de US$ 10,53, após atingir níveis próximos aos maiores em seis meses no decorrer da semana. 

O tempo seco na Argentina está fazendo entidades e analistas reverem o tamanho da produção daquele país. Nesta semana, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu a sua estimativa para 49,6 milhões de toneladas. Há preocupação também com a falta de chuvas no Rio Grande do Sul e o excesso no Mato Grosso. Neste estado, a colheita está atrasada. 

Os operadores também seguem com as atenções voltadas para os primeiros passos do governo Trump. Até o momento, o novo presidente americano adotou uma postura moderada em relação a sua política de tarifas. Acenou nesta semana com uma taxa de 10% sobre a China, mas o mercado vê um Trump mais disposto a negociar. 

Com isso, a repetição da guerra comercial do governo anterior de Trump com os chineses pode não acontecer ou ser menos intensa. Com isso, a possibilidade de um deslocamento da demanda chinesa para a América do Sul pode não ser em um fluxo tão acelerado quanto o imaginado. Além disso, houve a suspensão das compras chinesas em cinco unidades de cinco empresas brasileiras, o que, na teoria, significaria uma migração de compras para os Estados Unidos. 

Na sexta, os contratos realizaram lucros na manhã em Chicago por conta da redução nas taxas de exportação dos produtos agrícolas argentinas. O ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, anunciou a redução das tarifas de exportação para o setor agrícola a partir desta segunda-feira até 30 de junho, além da eliminação da alíquota para as economias regionais. 

Detalhadamente, as tarifas de exportação da soja serão reduzidas de 33% para 26%; as de derivados de soja  farelo e óleo -, de 31% para 24,5%. Além disso, as tarifas sobre trigo, milho, cevada e sorgo passarão de 12% para 9,5%. Finalmente, as tarifas sobre o girassol serão reduzidas de 7% para 5,5%. 

“Não é uma medida permanente porque não temos recursos, mas queríamos dar um sinal ao setor. Eu adoraria eliminá-las completamente, mas não podemos”, disse Caputo. 

Além disso, foi anunciada a eliminação permanente das tarifas de exportação para as economias regionais. “Reduzimos o imposto mais importante, que é o inflacionário”, disse.
Dylan Della Pasqua
Fonte: Safras & Mercado
Fique informado em tempo real! Clique AQUI e entre no canal do Telegram da Agência UDOP de Notícias.
Notícias de outros veículos são oferecidas como mera prestação de serviço
e não refletem necessariamente a visão da UDOP.
Mais Lidas