União Nacional da Bioenergia

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Os Combustíveis Renováveis e a Liderança Estratégica do Brasil, por Cíntia Ticianeli
Saiba por que o país já economizou US$ 200 bilhões e deslocou 2,5 bilhões de barris de petróleo
Publicado em 20/02/2025 às 08h12
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Vivemos em um mundo que necessita intensificar a busca de soluções para descarbonizar seu processo de produção econômica tendo em vista as alterações climáticas observadas ao longo dos últimos anos.

O país está na dianteira e na vanguarda da transição energética uma vez que 49,1% da energia consumida é oriunda de fontes renováveis, sendo eólica, solar, e da biomassa, cana e mais recentemente, milho. Desse modo, cumpre o seu papel liderando a competição dos países que tem a sua matriz energética baseada no uso de combustíveis renováveis.

Com o lançamento dos carros flex, no ano de 2002, o uso do etanol se consagrou como alternativa legitimamente brasileira e de uso de combustíveis renováveis em substituição à gasolina.

O Brasil tem o maior mandato de mistura de etanol na gasolina do mundo, somos vanguardistas e exemplo para todas as nações.

O Brasil já economizou US$ 200 bilhões e deslocou 2,5 bilhões de barris de petróleo.

A Lei 14.993/24, do Combustível do Futuro, representou um grande marco para o Brasil e reafirmou a sua posição de líder na Transição Energética. Dentre outras, a partir desta, temos potencial para chegar a 35% de mistura de etanol anidro na gasolina.

Temos capacidade de produção instalada e autorizada pelos órgãos reguladores para produzir esse etanol.

Temos mais 12% dessa capacidade em fase de expansão, sendo que 65% estão em construção.

Com o E27 já mitigamos 74,1 gCO2 equivalente por MJ, e com o E30, serão 3,1 milhões de ton de CO2 equivalentes por ano, o correspondente ao plantio de 7,7 mil hectares de floresta por ano. Com o E35 esses números triplicam.

Isso continua trazendo melhorias para a balança comercial do Brasil, empregando e produzindo renda nos municípios com baixo IDH, especialmente para os projetos em Estados menos desenvolvidos, onde as unidades ali se instalam.

Todas estas projeções de aumento de oferta de bioenergia contribuem para o enfrentamento da emergência climática, pauta reinante dos dias atuais.

E o etanol 1G tem grandes perspectivas de expansão no mundo através da cana e do milho, em especial para atendimento de hidrogênio e SAF, e com reais possibilidades de integração com outras cadeias produtivas.

Importante ressaltar que a área de cana de açúcar para produção de biocombustíveis ocupa hoje 0,67% da área total do Brasil, garantindo segurança energética COM segurança alimentar. Desse modo, a produção de biocombustíveis no Brasil não interfere na produção de alimentos. Não há competição entre elas.

O Brasil mantém a liderança e o protagonismo na produção de combustíveis renováveis.

* Artigo originalmente publicado na Forbes Mulher Agro, leia aqui
Por Cintia Ticianeli
Produtora rural, economista, diretora financeira na Agro Serra Industrial
Conselheira da UDOP
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