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Frente parlamentar propõe R$ 25 bilhões em subvenção para o Plano Safra 2025/26
Além da subvenção aos juros, o grupo sugere um aporte adicional de R$ 5,99 bilhões — equivalente a 1% do total — para subsidiar o Programa de Seguro Rural (PSR)
Publicado em 29/04/2025 às 08h53
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A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) apresentou nesta segunda-feira (28), durante coletiva na feira Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), sua proposta para o Plano Safra 2025/26. O grupo estima a necessidade de R$ 25 bilhões em subvenção aos juros, considerando uma previsão de custo total de R$ 1,3 trilhão para o plantio da próxima safra.

Entre as maiores preocupações da FPA está a taxa de juros. “O crescimento da Selic vai nos impor uma maior necessidade de recursos para equalização”, disse o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania).

O cálculo de R$ 25 milhões, assim, refletiria uma “necessidade de atualização”, levando em conta a taxa Selic atual e projeções do mercado com a expectativa de que ela atinja os 15%.

“O aporte do governo, a subvenção, corresponderia a menos de 2% do investimento total para plantar a safra”, afirmou o deputado federal Pedro Lupion (PP), presidente da FPA. Segundo ele, após a apresentação na feira, a proposta será levada a Brasília. “Vamos para a mesa de negociação”, disse o deputado, que destacou o papel do vice-presidente Geraldo Alckmin como interlocutor com o Executivo: “tem sido uma boa ponte com o governo”.

A proposta da FPA prevê um volume total de R$ 599 bilhões para o Plano Safra, somando recursos públicos, privados e compulsórios. Além da subvenção aos juros, o grupo sugere um aporte adicional de R$ 5,99 bilhões — equivalente a 1% do total — para subsidiar o Programa de Seguro Rural (PSR).

A Frente também defende a construção de um plano plurianual inspirado na Farm Bill dos Estados Unidos. A ideia é criar uma legislação com vigência de cinco anos, o que, segundo Lupion, garantiria mais estabilidade ao setor. “O modelo de cinco anos permite uma política de Estado independente de governos”, afirmou.

Entre as medidas propostas, estão ainda alterações nos mecanismos de financiamento ao agronegócio, como o aumento do direcionamento da poupança rural de 65% para 70%, a elevação da exigibilidade dos depósitos à vista de 30% para 34% e a ampliação do uso das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) de 50% para 80%. A proposta inclui ainda a possibilidade de uso de cotas de Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro) no cumprimento parcial dessas exigibilidades.

 
Gabriella Weiss
Fonte: Globo Rural
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