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Preços do açúcar caem com guerra tarifária e safra brasileira no radar
Publicado em 02/05/2025 às 15h24
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O mercado internacional de açúcar teve um mês de perdas em abril, depois de subir bem em fevereiro e março. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), balizadora do mercado internacional, os contratos com entrega em julho do açúcar bruto fecharam a sessão do dia 30 de abril a 17,25 centavos de dólar por libra-peso, ante 18,65 centavos em 31 de março, uma queda de 7,5%.

O mercado foi pressionado em abril pelos temores com a demanda global de commodities básicas — como o açúcar — em meio a guerra tarifária, com os Estados Unidos aplicando taxas sobre diversos países, entre os quais muitos são grandes produtores e exportadores de açúcar. Ao mesmo tempo, os indicativos de ampla oferta global, com o Brasil iniciando uma safra que promete ter produção recorde de açúcar, ajudaram a derrubar as cotações. A fraqueza das cotações internacionais do petróleo completou o combo de fatores negativos para o açúcar ao longo de abril. 

Com mercado favorável, Brasil deve produzir safra recorde

Conforme estimativa da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) entidade, o total de açúcar produzido no Brasil em 2025/26 será de 45,874 milhões de toneladas, ante 44,117 milhões de toneladas em 2024/25, alta de 4%.

A produção de açúcar da região Centro-Sul deverá totalizar 41,800 milhões de toneladas, 3,7% maior que a produção da safra anterior (40,325 milhões de toneladas). No Norte/Nordeste, a estimativa é de produção de 4,074 milhões de toneladas em 2025/26, contra as 3,792 milhões de toneladas do ano passado, alta de 7,4%.

Segundo a Conab, o volume a ser produzido representará um recorde para a série histórica, sendo que praticamente em todas as regiões é observada maior produção de açúcar, quando comparada à safra 2024/25, com o mercado favorável ao adoçante.

De acordo com a Conab. as operações da safra 2025/26 começaram recentemente, especificamente nas Regiões Centro-Sul e Norte, enquanto que no Nordeste, a previsão é que as atividades só iniciem a partir de agosto de 2025. Nesse cenário, percebe-se que a evolução dos trabalhos nas unidades de produção ainda é incipiente, mas já há estimativas preliminares quanto ao direcionamento da cana-de-açúcar a ser colhida, com perspectiva de manter uma maior destinação do ATR para a geração do açúcar em relação ao etanol (o mercado segue sendo mais favorável à fabricação do adoçante, especialmente com maior competitividade da commodity brasileira no mercado internacional frente à queda de oferta por parte de importantes países exportadores).
Fábio Rübenich
Fonte: Safras & Mercado
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