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Trump ameaça sanções a países que comprarem petróleo do Irã e eleva tensão energética
Declaração ocorre em meio a um novo impasse nas negociações nucleares entre Washington e Teerã.
Publicado em 02/05/2025 às 09h10
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a endurecer o tom contra o Irã ao anunciar, nesta quinta-feira (1º), que qualquer país ou empresa que adquirir petróleo ou produtos petroquímicos iranianos ficará sujeito, imediatamente, a sanções secundárias. A medida, segundo ele, inclui a proibição de qualquer tipo de negócio com os EUA.

“Qualquer país ou pessoa que comprar QUALQUER QUANTIDADE de PETRÓLEO ou PETROQUÍMICOS do Irã estará sujeito, imediatamente, a Sanções Secundárias. Eles não poderão fazer negócios com os Estados Unidos da América de nenhuma forma”, escreveu Trump em sua rede Truth Social.

A declaração ocorre em meio a um novo impasse nas negociações nucleares entre Washington e Teerã. De acordo com a Bloomberg, uma rodada de conversas marcada para este fim de semana foi adiada, e autoridades americanas afirmaram que nunca chegaram a confirmar participação na etapa anterior.

A medida de Trump faz parte da campanha de “pressão máxima” contra o Irã, estratégia adotada durante seu primeiro mandato com o objetivo de cortar a principal fonte de receitas do país: a exportação de petróleo.

Estima-se que o Irã tenha embarcado cerca de 1,7 milhão de barris por dia em abril, com destaque para China e Índia entre os principais compradores.

Segundo a CNBC, o alvo implícito da nova ofensiva diplomática são empresas estatais chinesas, responsáveis por grande parte das importações.

Scott Modell, CEO da consultoria Rapidan Energy e ex-oficial da CIA, afirmou que “as sanções dificilmente terão impacto se não atingirem diretamente a infraestrutura e os canais de transporte usados por Pequim”.

Ainda segundo a publicação americana, Trump tem acusado o Irã de usar os recursos do petróleo para financiar grupos militantes em países do Oriente Médio.

Apesar do tom agressivo, Trump tem dito que ainda prefere chegar a um novo acordo nuclear com Teerã, embora sua política externa tenha sido marcada pela saída unilateral dos EUA do tratado firmado durante o governo Obama.

Como reflexo do endurecimento da retórica, os contratos futuros do petróleo bruto negociados nos EUA (WTI) subiram 1,6%, alcançando US$ 59,12 por barril.
Rodrigo Petry
Fonte: InfoMoney
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