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Fertilizantes/Rabobank: Importação em 2020 deve ser 3% menor que em 2019, a 28,6 milhões de toneladas
Publicado em 19/06/2020 às 15h35
A importação de fertilizantes pelo Brasil deve atingir volume 3% inferior em 2020 na comparação com o adquirido em 2019, de 29,5 milhões de toneladas, projeta o banco de investimentos Rabobank. Até o fim do ano, o setor deve comprar 28,6 milhões de toneladas de adubos no exterior, estima relatório semestral do banco. "Ainda assim, o volume deve ser o segundo maior da história, atrás apenas de 2019", diz o banco.

A instituição financeira acrescenta que o volume importado entre janeiro e maio deste ano foi 12% superior a igual período de 2019, um total de 11,5 milhões de toneladas. Mas o ritmo deve cair nos próximos meses. "Apesar da antecipação das importações, comparado a anos anteriores, ainda há um longo caminho para garantir o insumo necessário para a safra 2020/21", afirma o Rabobank. Até maio, a importação do insumo foi impulsionada pelos preços baixos do mercado internacional, pela antecipação da demanda para a próxima temporada devido à relação de troca favorável e por preocupações com uma possível ruptura logística causada pela pandemia do novo coronavírus.

A projeção de menor importação é atribuída pelo banco à perspectiva de crescimento da produção local, estimada em 7,8 milhões de toneladas para este ano. Segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), em 2019 foram produzidos 6,83 milhões de toneladas de adubos no País. Somando a produção nacional e o volume importado, o consumo de fertilizantes no Brasil deve atingir 36,7 milhões de toneladas, 1,5% superior ao entregue no mercado em 2019, "motivado pelo aumento das margens esperadas da soja e do milho para a próxima safra", prevê o Rabobank.

Preços - O relatório aborda ainda a perspectiva de sustentação dos preços dos adubos para os próximos meses. Para o cloreto de potássio (KCL), o banco estima que as cotações devem atingir o patamar entre US$ 240 e US$ 250 por tonelada no terceiro trimestre deste ano, que se inicia em julho. Já as cotações da ureia podem ultrapassar o nível de US$ 250 por tonelada. Ambos os adubos devem se valorizar em virtude da "forte demanda" do mercado brasileiro na compra de insumos para a safra 2020/21, explica o banco.
Isadora Duarte
Fonte: Broadcast Agro
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