União Nacional da Bioenergia

Este site utiliza cookies para garantir que você obtenha a melhor experiência. Ao continuar navegando
você concorda com nossa política de privacidade. Política de Privacidade

Brasil está entre os que mais preservam meio ambiente, diz SPE em nota
Publicado em 14/07/2020 às 15h40
Com a política ambiental do governo de Jair Bolsonaro sendo alvo de críticas de investidores internacionais e de brasileiros, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia divulgou nota tentando mostrar que o ingresso de recursos estrangeiros no País não está em risco.

"Recentemente, algumas críticas sem base nos dados têm ganhado espaço nos noticiários e veículos de imprensa. Uma versão particularmente danosa dessas críticas associa a intensificação das queimadas e do desmatamento com possível redução do fluxo de investimentos externos direcionados ao Brasil", diz o documento elaborado órgão, comandado por Adolfo Sachsida.

A nota da SPE faz duas alegações principais: o Brasil estaria entre os países que mais preservam o meio ambiente no mundo ao mesmo tempo em que tem sido um "porto seguro e um destino importante" para o fluxo de investimentos diretos estrangeiros.

A secretaria argumenta que a entrada de Investimentos Diretos no País (IDP) cresceu 26% no ano passado, chegando a US$ 75 bilhões. O valor é equivalente a 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB) e, segundo a SPE, é proporcionalmente superior ao montante de investimentos recebidos pela "vasta maioria dos países".

O documento traz ainda gráficos com dados da Organização das Nações Unidas (ONU) que mostram que o Brasil é responsável por 12% da área de vegetação original preservada no mundo (sem considerar, obviamente, a Antártica) ficando apenas atrás da Rússia. O órgão também diz que a área intocada no Brasil é superior à soma das áreas preservadas nos Estados Unidos e Austrália.

"Quase 60% do território brasileiro encontra-se preservado contra aproximadamente 35% de Canadá e Estados Unidos. A área preservada no Brasil é quase três vezes superior à média mundial", acrescenta a nota técnica.

A SPE usa ainda dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que apontam a redução nos focos de queimadas em todo o território brasileiro entre 1º de janeiro e 12 de julho de 2020, ante o mesmo período de 2019. Nessa mesma comparação, houve aumento de focos queimadas na Argentina, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

A SPE omite, no entanto, que os dados do próprio INPE mostram que o desmatamento apenas na Amazônia brasileira em junho foi o maior dos últimos cinco anos. Alertas feitos pelo sistema Deter indicam a perda de 1.034,4 km? no mês de junho, alta de 10,65% em relação a junho do ano passado, quando os alertas apontaram desmate de 934,81 km?. Em apenas um mês, foram derrubados na Amazônia o equivalente à área da cidade de Belém (Pará). Nesta segunda, 13, a pesquisadora responsável pelo grupo que monitora oficialmente a devastação florestal, Lubia Vinhas, foi exonerada.

Nesta terça, 14, 17 ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do Banco Central cobraram do governo brasileiro ações para que o desmatamento tanto da Amazônia quanto no cerrado caia para zero. Carta divulgada hoje, pelo grupo propõe diretrizes para o alcance da chamada economia de baixo carbono, como o investimento em novas tecnologias e o aumento da cooperação internacional.
Fonte: Estadão Conteúdo
Texto publicado no portal IstoÉ Dinheiro
Fique informado em tempo real! Clique AQUI e entre no canal do Telegram da Agência UDOP de Notícias.
Notícias de outros veículos são oferecidas como mera prestação de serviço
e não refletem necessariamente a visão da UDOP.
Mais Lidas